O Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta segunda-feira (30/10) o pedido de liberdade de Kleber Nascimento Freitas, um dos três ex-policiais rodoviários federais que participaram do assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, em 2022, em Sergipe. O ministro Edson Fachin manteve a prisão preventiva de Kleber, que está preso desde outubro do ano passado.
Kleber e seus comparsas são acusados de torturar e matar Genivaldo, que tinha problemas mentais, durante uma abordagem policial. Eles usaram spray de pimenta e granada de gás lacrimogêneo contra a vítima, que morreu por asfixia.
A defesa de Kleber alegou que o ex-policial tem transtornos mentais e que a prisão preventiva não tem fundamentação. Mas Fachin não aceitou os argumentos e disse que a prisão é necessária para garantir a ordem pública e evitar interferências nas provas.
Kleber e os outros dois ex-policiais vão a júri popular por homicídio qualificado. Eles podem pegar até 30 anos de cadeia pelo crime.
Genivaldo de Jesus Santos
Genivaldo de Jesus Santos era um homem de 38 anos que sofria de esquizofrenia e que foi brutalmente torturado e assassinado por três ex-policiais rodoviários federais em Umbaúba, Sergipe, em maio de 2022.
Durante a abordagem policial, Genivaldo estava desarmado. Ele era casado com Maria Fabiana dos Santos há 17 anos e tinha um filho de sete anos e um enteado de 18. Genivaldo estava em tratamento para esquizofrenia há cerca de 20 anos, tomando medicamentos controlados.
A morte trágica de Genivaldo teve na época repercussão internacional, pois ocorreu exatamente dois anos após o assassinato de George Floyd, o “Genivaldo” dos Estados Unidos.
Fonte: STF