O Rio de Janeiro viu o caos tomar conta das ruas, com uma onda de ataques a ônibus e até mesmo um trem incendiado em resposta à morte de um dos líderes de milícia, Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão. A situação levou o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a anunciar o envio de mais homens da Força Nacional para o estado, além de cogitar a possibilidade de uma intervenção das Forças Armadas.
Na última segunda-feira (23), o Rio de Janeiro viveu um dia de terror, quando criminosos incendiaram ao menos 35 ônibus e um trem em represália à morte de um miliciano na região. A ação causou caos no transporte público da cidade e deixou milhares de pessoas sem poder se locomover.
A onda de violência foi motivada pela morte de Matheus da Silva Rezende, 24 anos, conhecido como Faustão e um dos chefes da maior milícia da Zona Oeste do Rio. Faustão foi morto em uma operação da Polícia Civil na semana passada.
Em resposta aos ataques, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, prometeu o envio de mais homens da Força Nacional ao Rio. Dino também disse que autoridades federais irão se reunir com as autoridades estaduais e municipais para discutir medidas de combate ao crime organizado.
“Estamos mantendo e ampliando as operações diárias no Rio, no que se refere à competência federal, com realização de prisões, investigações, patrulhamento e apreensões. Vamos aumentar mais ainda as equipes federais, em apoio ao Estado e ao Município”, disse Dino.
O governo federal, no entanto, descartou por enquanto uma intervenção federal no Rio. A medida, que seria um envio de tropas federais para assumir o controle da segurança pública do estado, foi adotada em 2018. Na ocasião, o Partido dos Trabalhadores divulgou nota do MST que criticava a intervenção militar no Rio de Janeiro.
Apesar do descarte da intervenção federal, o governo federal estuda a possibilidade de usar as forças armadas para atuar na fiscalização de armas e drogas no Rio. A ideia é “asfixiar economicamente” o crime organizado. Vale destacar que até então o discurso do governo era de não passar pela autoridade de governos estaduais e municipais.
“As forças armadas podem atuar na fiscalização, por exemplo, de armas e fluxo de drogas para “asfixiar economicamente” o crime organizado”, disse Dino.
O governo Lula deve conversar nesta terça-feira (24) com o ministro da Defesa para discutir a possibilidade de atuação das forças armadas no Rio.
Fonte: G1