Uma das mais complexas situações políticas e humanitárias atinge palestinos e israelenses. Após os ataques do grupo terrorista Hamas aos israelenses, passaram-se trinta e seis dias de ataques incessantes de Israel ao território da faixa de Gaza, local usado pelo Hamas como sede para os ataques com mísseis. O Exército israelense já ocupa, segundo os mais importantes veículos de imprensa do país, a área norte do território palestino e não há previsão de saída, principalmente enquanto o Hamas detiver reféns israelenses resultantes do ataque no dia 7/10.
Hoje já contabiliza-se mais de 11.700 mortos, dentro os quais 1140 são do lado de Israel e mais de 10.500 eram palestinos de Gaza. Dos sequestrados pelo Hamas, apenas 4 pessoas foram libertadas. Na busca por uma abreviação do conflito, o G7 pediu por uma pausa humanitária que possibilitaria a libertação de reféns israelenses e a entrada de ajuda aos palestinos.
Recentemente a EuroNews informou que todas as padarias do norte de Gaza estão fechadas por falta de matéria-prima para o pão e outros produtos. Esta informação é preocupante por haver um grande número de deslocados que vivem, atualmente, com menos de uma refeição por dia. Também foi noticiado hoje, pelo G1, que as brigas por alimentos e medicamentos já fazem parte do cotidiano dos palestinos que sobreviveram aos ataques à área norte de Gaza e agora estão alocados no sul.
G7.
O G7, grupo dos sete países mais industrializados, teve no dia 8 deste mês uma reunião onde seus chanceleres decidiram sobre quais diretrizes tomar acerca do conflito entre Israel e o Hamas, assim como prosseguir no apoio à Ucrânia que ainda está em guerra contra a Rússia.
Apesar da solicitação (ou sugestão), o G7 não fez alusão a um cessar-fogo contra o Hamas, tendo reiterado o direito de auto-defesa a Israel. Atualmente em Gaza estão mais de 2 milhões de cidadãos, incluindo brasileiros. Quanto a estes, a previsão de início da saída da Faixa de Gaza está prevista para amanhã, dia 9.
As negociações para libertar os reféns feitos pelo Hamas parecem não progredir. A narrativa de ambas as partes gera debates acalorados sobre qual lado detém a razão, inclusive através de vídeos divulgados por Israel e o Hamas. Independentemente das narrativas, o fato é que tanto os reféns dos terroristas quanto os cidadãos palestinos que não são ligados ao Hamas merecem, acima de tudo, o direito à vida.
Liderança da OTAN também sugerem o cessar-fogo temporário para que os feridos e os desalojados recebam o mínimo de suporte por parte das organizações internacionais, segundo o G1.
Há a informação da ONU de que 92 funcionários da organização foram mortos durante os conflitos, conforme declaração feita pelo secretário-geral, António Guterres. O Conselho de Segurança da ONU não obteve sucesso em concretizar o fim temporário dos ataques à Faixa de Gaza, pois os cinco países-membros que têm poder de veto impedem o progresso dessa iniciativa.
Em meio a todo o impasse, os reféns sob a tutela do grupo terrorista Hamas e os palestinos inocentes que estão sob o fogo das forças militares de Israel são as maiores vítimas de um conflito que atinge sobretudo a dignidade humana.
Cessar-fogo.
Entre os contínuos bombardeios e os ataques do Hamas, a boa notícia foi a breve pausa humanitária para a saída de refugiados das regiões atingidas. Foram concedidas apenas 6 horas para que os palestinos saíssem e, durante esse intervalo, cerca de 100 mil pessoas fugiram para a região sul, muitas delas a pé.
Ainda que essa breve demonstração de colaboração por parte de Israel tenha ocorrido, o fato é que ainda restam milhares de pessoas que não estão ligadas ao Hamas. Para estas, a esperança do fim do conflito é a única chance viável para que possam sair vivas dessa trama que começou pela vontade dos terroristas, mas persiste pelo poder bélico israelense.
Enquanto isso, o mundo aguarda pela busca da mais rápida solução para o conflito e, claro, a punição para os terroristas que se deleitaram com a tortura e morte de civis, entre os quais estavam crianças, velhos e mulheres. Quanto a Israel, pouco se fala, mas o fato é que as mortes de civis palestinos (incluindo também crianças, velhos e mulheres) gera desconforto no cenário internacional e poderá, em um futuro próximo, levar o país a ser questionado por organismos internacionais e organizações defensoras dos direitos humanos.
Até o momento, apesar do breve cessar-fogo, o fato é que o Hamas persiste nos ataques e no uso dos civis como escudos, enquanto Israel ataca incessantemente o território da Faixa de Gaza. Em suma, as opiniões e sugestões da ONU, G7 e outras organizações têm pouca pertinência diante de lideranças que almejam a paz por meio do uso da guerra.