Autoridades brasileiras prenderam dois indivíduos nesta quarta-feira suspeitos de planejar um ataque terrorista em solo nacional sob ordens do grupo libanês Hezbollah. O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmou a informação, dizendo em um comunicado que o ataque frustrado foi inegavelmente resultado da colaboração com a agência de inteligência israelense Mossad e outras agências de segurança internacionais.
“O Mossad agradece aos serviços de segurança brasileiros pela prisão de uma célula terrorista que era operada pelo Hezbollah para realizar um ataque a alvos israelenses e judeus no Brasil”, disse o comunicado. O gabinete ainda afirma que o ataque foi “planejado pela organização terrorista Hezbollah, dirigido e financiado pelo Irã”.
Autoridades brasileiras também confirmaram à Associated Press que os dois suspeitos recebiam financiamento do grupo terrorista Hezbollah.
Buscas em vários estados
O comunicado da Polícia Federal afirma ainda que que a polícia também executou 11 mandados de busca nos estados de São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal. O objetivo é sobretudo obter provas do possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país. Os policiais buscam igualmente recrutas e os responsáveis pelo recrutamento terrorista.
Procurada posteriormente pela Associated Press, a assessoria de imprensa da Polícia Federal não quis fornecer mais informações sobre o caso.
Logo após, a Confederação Israelita do Brasil comemorou a operação policial no X, antigo Twitter.
“Parabenizamos a Polícia Federal, o Ministério Público e o Ministério da Justiça pela atuação preventiva”, disse o grupo, conhecido pela sigla Conib.
“Os trágicos conflitos no Médio Oriente não podem ser importados para o nosso país, onde diferentes comunidades vivem de forma pacífica, harmoniosa e sem medo do terrorismo”, afirmou o grupo.
O Brasil tem uma das maiores populações libanesas do mundo; a maioria das estimativas coloca o seu total bem acima do próprio Líbano.
Fontes: Associated Press / O Globo / France24 / The Guardian