A Ucrânia iniciou uma investigação criminal depois que um grupo de soldados que participava numa cerimônia não muito longe da linha da frente foi morto num ataque com mísseis russos.
Pelo menos 20 soldados foram mortos no incidente, segundo a mídia local. O governador de Zaporizhia, Yuriy Malashko, disse que nove civis também ficaram feridos no ataque à aldeia, que fica a cerca de 16 km da linha de frente.
“Esta é uma tragédia que poderia ter sido evitada”, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, num discurso na noite de domingo.
“Foi registrada uma investigação criminal sobre a tragédia”, acrescentou, dizendo que a intenção era descobrir a “verdade completa” sobre o que aconteceu para garantir que tais incidentes não se repetissem.
Dezenas de mortos e feridos
As Forças Armadas Ucranianas confirmaram no sábado que vários soldados da sua 128ª Brigada de Assalto de Montanha foram mortos no ataque. No entanto, não forneceram números precisos de vítimas.
“[A Rússia] disparou um míssil Iskander-M contra o pessoal da 128ª Brigada de Assalto de Montanha, matando os soldados e causando ferimentos de gravidade variável aos residentes locais”, disse o exército.
O New York Times, citando um oficial militar não identificado, disse que qualquer investigação se concentraria sobretudo em como a Rússia descobriu o evento. Além disso, ao realizar a cerimônia abertamente, os membros superiores da brigada violaram os regulamentos militares, acrescentou o responsável.
Um soldado ucraniano disse nas redes sociais que 22 pessoas da brigada foram mortas. Além disso, o soldado ainda teceu pesadas críticas aos comandantes por terem realizado a cerimônia.
O evento foi organizado em comemoração ao Dia da Artilharia, que aconteceu na sexta-feira.
Zelenskyy prometeu que a investigação do ataque forneceria “respostas honestas” às famílias dos soldados, bem como à sociedade ucraniana em geral.
Fontes: Al Jazeera / New York Times / Ukraine.ua