Um tiroteio em massa numa universidade em Praga deixou 16 mortos – incluindo o atirador – e pelo menos 24 feridos, de acordo com a polícia municipal e os serviços de emergência. Esse é um dos tiroteios mais fatais desse tipo na história do país.
A polícia checa disse nesta quinta-feira que reagiu rapidamente ao ataque na praça Jan Palach. Posteriormente, as autoridades informaram que o atirador havia sido “eliminado”. As autoridades não acreditam que o ataque tenha tido motivação política ou esteja ligado a qualquer grupo.
O tiroteio aconteceu por volta das 15h (horário local) na Faculdade de Artes da Universidade Charles, que fica muito próxima sobretudo de importantes locais turísticos, como a Ponte Charles, do século XIV.
Agressor também era estudante
“Sempre pensamos que isso era uma coisa que não nos preocupava. Porém, infelizmente, o nosso mundo está mudando e problemas com atiradores também está começando por aqui”, disse o presidente da Câmara de Praga, Bohuslav Svoboda, à televisão checa.
O chefe da polícia de Praga, Martin Vondrasek, declarou que o agressor era um estudante, mas não deu mais detalhes, apenas declarando que o homem de 24 anos cursava História Mundial na Universidade Charles. O nome do atirador, contudo, não foi divulgado.
O crime começou com o atirador ceifando a vida de seu próprio pai na residência da família, na cidade de Kladno, nos arredores de Praga. No entanto, a cronologia exata desse evento familiar trágico ainda não foi detalhada. Posteriormente, o criminoso se dirigiu a universidade, onde passou a atirar a aparentemente a esmo contra as pessoas presentes no local. As motivações do atirador, no entanto, ainda não são conhecidas.
O primeiro-ministro Petr Fiala cancelou sua viagem ao leste do país, declarando já estar a caminho de Praga. “Lamento muito por todas as vítimas do terrível ataque à Faculdade de Letras da Universidade Charles”, disse. “Minhas mais profundas condolências aos seus entes queridos e amigos.”