” Perigo! Se a armada de uma “coalizão”, plena de meios aeronavais, só puder ser batida por fogos quando chegar a uma distância de 300 Km da foz do Amazonas, nossos filhos e netos, aqueles que não morrerem de imediato no mar (marinheiros e aviadores) vão amargar uma luta insana na terra brasileira.”
Militares experientes do Exército Brasileiro já na reserva remunerada, aqueles que ajudaram a construir a doutrina que hoje é empregada, tem advertido seguidamente quanto ao risco que há em permanecer obediente aos limites estabelecidos para a artilharia Brasileira. Em declarações recentes feitas no âmbito dos oficiais generais o chefe do estado maior do exército brasileiro declarou que acredita que em um futuro recente o Brasil pode sofrer uma afronta de uma grande potência. Diante Desse cenário no que diz respeito ao alcance de nossas armas E Em um momento Crítico Quando as Fronteiras ao norte da América do sul podem ser reconfiguradas Há preocupação com a nossa capacidade de defesa aumenta bastante.
BATER O INIMIGO SEM ENXERGAR O BRANCO DE SEUS OLHOS
N.E. O Coronel Rocha Paiva repete essas colocações há algum tempo.
– As vezes fico a imaginar sobre questões que envolvem algumas temáticas pertinentes á defesa nacional. Coisas assim como: dissuasão extra regional, capacidade de dissuasão, defesa territorial, ameaças às nossas amazônicas regiões verde e azul, soberania plena, sistema/estratégia de defesa anti acesso, até que ponto pensamos seriamente nestas questões, acreditamos nestes conceitos, enxergamos o perigo que estamos correndo na garantia de um porvir de grandeza para a nacionalidade brasileira.
– Em verdade, o país não tem nenhuma aspiração imperialista, o que é louvável, tendo até proscrito a expressão “segurança nacional”, adotando o princípio de “defesa nacional” como o farol determinante/dominante que deve nortear nossos objetivos no campo militar do poder nacional. Em resumo devemos/deveríamos ser fortes o suficiente para dissuadir os oponentes em potencial. Até aí tudo bem, todos estamos concordes, não queremos brigar com ninguém. Mas e “eles”, os “grandes predadores militares”, os superarmados “soldados universais” também pensam assim? A história sempre mostrou que não!
– Esta nossa postura, naturalmente, nos distancia das hipóteses de conflitos externos em que tenhamos de combater em operações de guerra, ressalvado o emprego em operações de paz, nas quais já provamos uma competência que é reconhecida mundialmente. Em assim sendo, não há como discutir, sim, precisamos de poder de dissuasão que seja absolutamente indiscutível, eminentemente de caráter defensivo. Mas o que estamos fazendo realmente para alcançar este desiderato? Estamos bem orientados? O rumo que está sendo palmilhado é o mais correto? A pergunta que não quer calar é a seguinte:_ “Vamos esperar o inimigo adentrar as fronteiras do País para só então oferecer combate ou devemos começar a batê-lo bem distante dos nossos limites territoriais?”
– O extrato de matéria a seguir sobre a grande “coqueluche” do momento, o míssil AVTM-300 , foi compilado no “defesa”, os comentários entre parêntesis são meus: -” No limite. O sistema está no limite do Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis, o MTCR, do qual o Brasil é signatário (quem assinou cometeu crime de lesa pátria, merecendo ser preso) . O regime pretende conter a proliferação dessa classe de equipamento militar com raio de ação acima de 300 quilômetros e ogivas de 500 quilos (que vergonha: manda quem pode, obedece quem precisa… Mas a Coréia do Norte nos dá lição de soberania!) Nos termos do acordo multinacional, os 34 participantes – entre os quais, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Rússia e França, todos potências nucleares – assumem que cada Estado deve estabelecer a política nacional de exportação dos vetores de ataque não tripulados. Em 1992 o MTCR passou a considerar todas as armas de destruição em massa. “O AV-TM está rigorosamente dentro da distância fixada e, de forma bem clara, com folga no peso”, explica Sami Hassuani (em resumo, um “buscapézinho” sapeca que, se lançado do Maracanã, não alcança o Pacaembu…).
De acordo com exposição do Coronel Geraldo Antonio Diniz Branco, em seminário do Ministério da Defesa, em 2011, “ser parte do MTCR implica o grave compromisso de não permitir a proliferação da tecnologia de mísseis a partir de seu território”. Para Diniz Branco, “todavia, isso não impede o desenvolvimento das tecnologias de mísseis, próprias ou de parceria com outro Estado“(grande “vantagem”, meu Deus do céu!). (Fim do extrato compilado do “defesa net”)
Atenção! Alerta! Perigo! Se a armada de uma “coalizão”, plena de meios aeronavais, só puder ser batida por fogos quando chegar a uma distância de 300 Km da foz do Amazonas, nossos filhos e netos, aqueles que não morrerem de imediato no mar (marinheiros e aviadores) vão amargar uma luta insana na terra brasileira. Para que se tenha uma ideia, a marinha russa bate, do mar Cáspio, posições do Estado Islâmico na Síria, a uma distância de 1 500 km. Em resumo, ou os comandantes militares exigem a denúncia deste acordo criminoso de lesa pátria ou se conformam com a bordoada que, fatalmente, será dada em suas desarmadas forças. (Texto original da Revista Sociedade Militar em 24/12/2015)
Paulo Ricardo da Rocha Paiva – Coronel de Infantaria e Estado-Maior – Texto na Revista Sociedade Militar