O Departamento de Justiça doS EUA afirma ter capturado um espião cubano que trabalhou como diplomata de carreira para ao país.
As acusações contra Victor Manuel Rocha, 73 anos, “expõem uma das infiltrações de maior alcance e mais duradouras dos Estados Unidos governo por um agente de um governo estrangeiro”, de acordo com o procurador-geral Merrick Garland em um comunicado explicando as acusações.
Rocha, um cidadão colombiano naturalizado nos Estados Unidos, começou a auxiliar o governo de Havana sobretudo como um “agente secreto de Cuba da Direção Geral de Inteligência” em 1981. De acordo com a acusação, suas atividades de espionagem continuaram da década de 1980 até o presente.
“Aqueles que têm o privilégio de servir no governo dos Estados Unidos recebem uma enorme confiança do público que servimos”, declarou Garland. “Trair essa confiança ao jurar falsamente lealdade aos Estados Unidos enquanto serve uma potência estrangeira é um crime que será enfrentado com toda a força do Departamento de Justiça.”, concluiu o Procurador Geral.
Longa carreira servindo o governo dos EUA
Rocha serviu no Conselho de Segurança Nacional de 1994 a 1995 na administração de Bill Clinton. Além disso, também foi embaixador na Bolívia entre 2000 a 2002 sob Clinton e George W. Bush. O ex-diplomata recebeu intimação para comparecer ao tribunal da Flórida nesta segunda-feira.
O ex-embaixador serviu em diversos países, incluindo capitais importantes, como Havana, Buenos Aires, Cidade do México e Washington. Seus cargos no governo ofereceram-lhe acesso a informações não públicas, incluindo informações confidenciais, com capacidade de “afetar a política externa dos EUA”, de acordo com comunicado do governo.
As acusações contra Rocha incluem: conspiração para agir como agente de um governo estrangeiro; atuar como agente de um governo estrangeiro sem consentimento prévio do governo; e usar passaporte dos EUA obtido através de declarações falsas. O ex-embaixador admitiu suas atividades para um agente disfarçado do FBI que se passava por um agente cubano.
“Ao longo das reuniões, Rocha comportou-se como um agente cubano, referindo-se consistentemente aos Estados Unidos como “o inimigo”. Além disso, o ex-embaixador teria usado o termo ‘nós’ para descrever a si mesmo e a Cuba”, informou o Departamento de Justiça.
Rocha elogiou o falecido líder cubano Fidel Castro e descreveu seu trabalho por Cuba como “uma grande jogada”.
Fonte: France24