Após a concessão de reajuste salarial aos servidores civis, o governo federal, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, iniciou negociações para estender o benefício aos militares das Forças Armadas. Conforme reportado pela CNN Brasil, os comandantes da Marinha, Exército e Força Aérea, após receberem sinal positivo do governo, formaram comissões internas para desenvolver uma proposta de reajuste.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, em entrevista ao podcast “2+1” em setembro do ano passado, apresentado por colunistas do jornal O Globo e da rádio CBN, defendeu que os militares devem ser incluídos em qualquer correção salarial do funcionalismo público.
“Eu queria que, quando fosse discutir o salário do servidor público, não precisasse separar servidor público de militares, porque ambos são servidores públicos, cada um com a sua tarefa”, disse.
Múcio comparou a situação com a de uma escola que decide reajustar o salário de seus professores, argumentando que não deveria haver distinção entre os servidores públicos, sejam eles militares ou civis.
“Todos são servidores públicos. O que eu quero é que o político e o militar entendam que os 2 são absolutamente necessários e, mais que isso, imprescindíveis”, continuou. “Queria que, quando fosse discutir salário, não tivesse ‘esse ano, militar não vai ter’”, completou.
Embora ainda não haja um texto definitivo, há um consenso entre os envolvidos de que o reajuste deve ser em torno de 9%, igual ao concedido aos demais servidores federais. No entanto, devido às especificidades da carreira militar, os estudos para a proposta podem levar mais tempo. A expectativa é que o reajuste seja implementado nos contracheques no próximo ano e valha para todos os postos e graduações, de soldado a general.