O grupo armado libanês Hezbollah atacou um posto militar israelense vital com uma barragem de 62 foguetes. O ataque seria “resposta preliminar” ao assassinato de um líder do Hamas em Beirute esta semana.
Posteriormente, o chefe da política externa da União Europeia se reuniu com o primeiro-ministro libanês em Beirute, no sábado. A preocupação da UE é de que o Líbano se envolva no conflito, piorando a situação da atual guerra em Gaza.
“Como parte da resposta inicial ao crime de assassinato do grande líder Sheikh Saleh al-Arouri, a resistência islâmica [Hezbollah] atacou a base de controle aéreo de Meron com 62 tipos diferentes de mísseis”, disse o grupo, que é aliado do Irã.
Militares israelenses disseram anteriormente que cerca de 40 foguetes foram disparados contra a base de vigilância aérea de Meron. Israel respondeu atacando uma “célula terrorista” que participou dos lançamentos. Não houve relatos imediatos de vítimas ou danos.
Conflitos continuam na fronteira
O Hezbollah e o exército israelense continuaram a trocar tiros ao longo da área fronteiriça. Um ataque israelense penetrou profundamente no território libanês, atingindo uma casa a quase 40 km da fronteira, de acordo com o correspondente da Al Jazeera no Líbano .
De acordo com o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, todo o Líbano ficaria exposto se não reagisse ao assassinato do vice-chefe do Hamas. Nasrallah alertou que “certamente não ficaria sem reação e punição”.
O chefe da política externa da UE, Josep Borrell, disse neste sábado que é “imperativo” evitar uma escalada regional no Médio Oriente.
“É absolutamente necessário evitar que o Líbano se arraste para um conflito regional”, disse, alertando Israel que “ninguém sairá vencedor de um conflito regional”.
Já o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, disse que qualquer bombardeio em grande escala no sul do Líbano levaria a uma “explosão abrangente” na região.
Fonte: Al Jazeera