O ministro da Defesa, José Múcio, anunciou nesta sexta-feira que os comandantes das Forças Armadas o acompanharão na cerimônia que marca um ano dos atos de 8 de janeiro. A Cerimônia está agendada para esta segunda-feira, dia 8 de janeiro. Múcio destacou que se trata de um “ato institucional com os presidentes de todos os Poderes”.
Prevista para reunir aproximadamente 500 convidados, a cerimônia contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além de Lula, os presidentes do Senado Rodrigo Pacheco, da Câmara, Arthur Lira, e do STF, Roberto Barroso, também estarão presentes. Os discursos durante o evento deverão ser pautados sobretudo pelo tom de pacificação e união.
A mesa de honra das autoridades incluirá, além dos chefes dos Poderes, a primeira-dama Janja, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, e a ex-presidente do STF Rosa Weber. Geraldo Alckmin e Lu Alckmin também terão lugar de destaque.
“Para punir, precisamos saber quem são os culpados”
Designado pelo presidente Lula para restabelecer a confiança com os militares, o ministro da Defesa também afirmou que não há qualquer tipo de blindagem para proteger os militares envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.
“Para aplicar punições, precisamos identificar os culpados. Estamos aguardando o desfecho das investigações, que estão a cargo do STF”, declarou em uma conversa com a coluna do UOL.
Segundo Múcio, é do interesse das Forças Armadas que os responsáveis sejam identificados publicamente, mas é crucial aguardar o término das investigações sem pressa. “Não se pode condenar inocentes, mas também não podemos deixar de punir os culpados; tem que ser um processo justo”, enfatizou.
“Eu represento o governo perante os militares. Estamos trabalhando para um ambiente favorável”, concluiu.