No final de 2022, Paulo Figueiredo Filho, ex-comentarista da Jovem Pan, provocou agitação ao utilizar o termo intrigante “melancia“ ao se referir ao então Comandante Militar do Sul, General Soares. A declaração, feita no X, antigo Twitter, após uma suposta reunião do general com militares, gerou curiosidade sobre os detalhes discutidos no encontro.
Contudo, a origem e o verdadeiro significado desse termo ainda são um mistério para muitos.
A Fruta que virou Insulto Político
A expressão “melancia” tem ganhado cada vez mais destaque, especialmente em períodos de intensa polarização, como nas eleições presidenciais passadas. Posteriormente, ganhou ainda mais força, com a ascensão do atual presidente, Luís Inácio Lula da Silva, ao poder.
Mas por trás desse termo intrigante há uma história complexa e controversa que muitos ainda se questionam.
A fruta, que é tão doce, tão saborosa, tão macia, tão suculenta, também tem uma característica marcante: ela é verdinha por fora, mas vermelha por dentro.
Conseguiu descobrir?
A peculiaridade por trás do termo “melancia” como insulto reside primordialmente nas características físicas dessa fruta. A casca verde da melancia é obviamente associada aos uniformes militares, enquanto o interior, de um tom vibrante de vermelho, faz alusão à cor tradicionalmente vinculada aos comunistas. Em outras palavras, a metáfora sugere que, embora ostentem uniformes verdes externamente, os militares rotulados como “melancias” seriam, na verdade, “comunistas por dentro”.
Essa expressão insultuosa adquire uma carga ainda mais significativa ao insinuar que as Forças Armadas, notadamente o Exército Brasileiro, cuja ordem é ser uma instituição apartidária sob a direção do novo comandante, podem, na verdade, abrigar uma inclinação comunista.
Surpreendentemente, até mesmo o ex-presidente Jair Bolsonaro incorporou o termo, referindo-se ao General Luiz Rocha Paiva no Twitter. “Sem querer descobrimos um ‘melancia’, defensor da Guerrilha do Araguaia, em pleno século XXI”, declarou o ex-presidente em um tweet de julho de 2019. Essa utilização do termo ressalta como a expressão se infiltrou no discurso político contemporâneo.