Esta semana marcou o aniversário de dois anos do início das hostilidades da Rússia sobre a Ucrânia. Assim, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky fez um discurso, garantindo que o seu país prevalecerá sobre seus inimigos.
“Nenhum de nós permitirá que a nossa Ucrânia acabe”, disse Zelensky em seu discurso na capital Kiev.
O aniversário ocorre num momento sobretudo ruim para o país. Nas últimas semanas, a Ucrânia enfrentou uma série de reveses nos seus esforços para expulsar a Rússia do seu território.
Contudo, Zelensky afirmou em seu discurso que, embora qualquer pessoa normal quisesse que a guerra acabasse, isso só poderia acontecer nos termos da Ucrânia.
“É por isso que às palavras ‘fim da guerra’ acrescentamos sempre ‘nos nossos termos”, disse o presidente. “Estamos lutando por isso já há 730 dias de nossas vidas. E venceremos no melhor dia de nossas vidas.”, completou.
Líderes ocidentais demonstraram apoio
Juntaram-se a Zelensky os líderes da Itália, Bélgica e Canadá, além da Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Os representantes depositaram coroas de flores em uma parede, em homenagem àqueles que perderam a vida na guerra.
Von der Leyen elogiou as tropas ucranianas que defenderam o país nos primeiros dias da invasão. “Você conseguiram impedir o ataque da Rússia ao coração da Ucrânia. Vocês salvaram seu país, salvaram toda a Europa”, disse.
Itália e Canadá aproveitaram a visita para anunciar a assinatura de pactos bilaterais de segurança com Kiev. Os acordos visam sobretudo aumentar as chances da Ucrânia de se tornar membro da aliança militar OTAN.
No entanto, a ausência de representantes de outros países chamou a atenção. Nenhum representante dos EUA esteve presente, em contraste com o ano passado, quando o próprio presidente Joe Biden compareceu ao evento.
Mais tarde, membros do G7 – incluindo Canadá, Itália, Reino Unido e EUA – prometeram apoio à Ucrânia e novas sanções à Rússia durante uma reunião virtual.
Corpo de opositor de Putin é finalmente entregue à mãe
O corpo da principal figura da oposição russa, Alexei Navalny, foi finalmente entregue à sua mãe, de acordo com a porta-voz da família.
Em uma postagem no X, antigo Twitter, Kira Yarmysh agradeceu a todos que exigiram que as autoridades entregassem seus restos mortais.
No entanto, de acordo com a porta-voz, “o funeral ainda não aconteceu”.
Depois de assinar uma certidão de óbito afirmando que ele havia morrido de causas naturais, a mãe de Navalny, Lyudmila, teria sido instruída por Putin a concordar com um enterro “secreto”. Se ela recusasse, Alexei Navalny seria enterrado na colônia prisional onde morreu.
Centenas de apoiadores de Navalny foram detidos tentando prestar homenagens ao opositor de Putin morto.