Segundo estatísticas divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil atingiu 2,9% em 2023, primeiro ano do governo Lula. Este valor ficou ligeiramente abaixo das expectativas do mercado financeiro, mas ainda mostrou a estabilidade do crescimento econômico do país.
Apesar disso, no entanto, registaram-se diferenças claras entre o desempenho do crescimento econômico do primeiro e do segundo semestre do ano.
Contudo, apesar das instabilidades econômicas ao redor do mundo, no final de 2023, o Brasil se tornou a nona maior economia do mundo. De acordo com a agência de risco Austin Rating, o PIB do Brasil subiu três posições em relação ao ranking de 2022, superando países como Canadá e Rússia.
Diferenças substanciais entre duas metades do ano
No primeiro semestre do ano passado, o crescimento econômico do Brasil apresentou um forte desempenho, beneficiando-se principalmente do crescimento das exportações de produtos agrícolas e minerais. A produção agrícola atingiu um recorde histórico, crescendo 15,1%, principalmente devido às colheitas abundantes e ao aumento da produção de soja e milho. Ao mesmo tempo, a indústria mineira também apresentou um forte impulso de crescimento, com um crescimento global de 8,7%, principalmente devido ao aumento da extração de petróleo, gás natural e minério de ferro.
No entanto, as coisas mudaram na segunda metade do ano e a atividade econômica estagnou. Embora o crescimento do PIB tenha permanecido fraco no terceiro trimestre, no quarto trimestre caiu para zero, principalmente devido a um declínio na produção agrícola. Durante o período, a produção agrícola caiu 5,3%.
Contudo, o consumo das famílias brasileiras alcançou um crescimento significativo durante 2023, aumentando 3,1%.
Em relação às perspectivas de crescimento econômico do Brasil em 2024, o mercado espera desaceleração. Devido ao impacto adverso dos fenômenos climáticos extremos na produção agrícola, espera-se que os volumes de produtos agrícolas diminuam e afetem as exportações, o que poderá afetar também o crescimento econômico em geral.
Alguns economistas prevêem que o crescimento do PIB brasileiro em 2024 ficará na faixa de 1,8% a 2%.
Fonte: China2Brazil