O suboficial da Marinha M.Caldas é acusado de participar dos atos do 8 de Janeiro, a principal tese da defesa é de que o militar quando chegou ao Palácio do Planalto já haviam ocorrido os atos de vandalismo e a situação já estava controlada. A acusação, por sua vez, diz que as imagens, vídeos e textos encontrados no aparelho telefônico do militar da Marinha do Brasil indicam que o mesmo tinha conhecimento de que haveria uma tentativa de “golpe de Estado com decretação de intervenção e destituição dos Poderes”.
O julgamento virtual se iniciou em 15 de março e até o momento o militar já foi condenado por dois ministros, Alexandre de Moraes, que é o relator do caso e Flávio Dino, que acompanhou o voto de Moraes, condenando o suboficial da Marinha Marco Caldas a mais de 14 anos de prisão, além de multa. Se a condenação for confirmada o militar deverá ainda receber a pena acessória de exclusão da Marinha do Brasil.
Em uma de suas últimas tentativas de convencer Alexandre de Moraes que não teria participado de atos de vandalismo, o militar escreveu uma carta de próprio punho remetida ao relator do processo, Ministro Alexandre de Moraes. No documento o suboficial disse, entre outras coisas, que na verdade auxiliou um policial que estava sendo agredido e que em seguida foi se refugiar dentro do Palácio do Planalto.
Caldas diz no documento, enviado ao relator e ministros em geral, que sempre foi um funcionário público exemplar, que é um ardente defensor do Estado democrático de Direito e que jamais participaria de qualquer ato que visasse um golpe de estado ou de algo que resultasse em depredação.
O suboficial mergulhador, já na reserva remunerada, conta que viveu na pele a fúria e falta de limites de parte dos manifestantes porque ao auxiliar o policial ele foi agredido pelos mesmos e que justamente para fugir dessas agressões se refugiou dentro do Palácio do Planalto, onde acabou preso.
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Robson Augusto – Revista Sociedade Militar
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