O Conselho de Segurança da ONU pediu nesta segunda-feira ao seu comitê de adesão que analisasse o pedido da Autoridade Palestina para se tornar um Estado membro de pleno direito das Nações Unidas. A Autoridade Palestina é atualmente um estado observador não membro, assim como o Vaticano.
O pedido, que coincide com seis meses de guerra de Israel em Gaza, reanima uma candidatura de longa data. A embaixadora de Malta na ONU, Vanessa Frazier, atual presidente do Conselho de Segurança, disse na segunda-feira que o órgão tomaria uma decisão formal em abril.
De acordo com o embaixador palestino na ONU, Dr. Riyad Mansour, tudo o que a Palestina deseja é ser tratada como “igual a outras nações e estados”. Mais de 33 mil palestinos morreram na guerra de Israel contra Gaza. Além disso,um estado de quase fome prevalece em grandes partes do território sitiado.
Esta, no entanto, não é a primeira vez que a Palestina pressiona pela adesão plena à ONU. Anteriormente, uma tentativa no ano de 2011 nem mesmo chegou a ser votada. E, ainda que fosse, os Estados Unidos, com poder de veto, comprometeram-se a bloquear qualquer tentativa palestina de se tornar membro.
O que acontece agora?
A Autoridade Palestina pediu formalmente na semana passada ao Conselho de Segurança da ONU que reconsiderasse o seu pedido de 2011 para se tornar membro de pleno direito do organismo mundial.
O comitê de adesão de 15 membros se reunirá pela segunda vez esta semana, na quinta-feira, sobretudo para discutir se a Palestina satisfaz as condições. O comitê pode arquivar o pedido ou apresentá-lo para votação formal no Conselho de Segurança.
A aprovação exige pelo menos nove votos a favor, sem vetos. Os cinco membros permanentes do Conselho – EUA, Rússia, China, França e Grã-Bretanha – detêm poderes de veto. No entanto, os EUA já adiantaram que a sua oposição à entrada da Palestina na ONU, na ausência de um acordo mais amplo com Israel, permanece intacta.
De acordo com o vice-embaixador dos EUA na ONU, “a posição dos EUA não mudou”.