As Fragatas da Classe Niterói da Marinha do Brasil são Navios-Escolta. Podem localizar e destruir aeronaves, navios de superfície e submarinos inimigos, além de efetuar patrulhas nas nossas águas.
Em 20 de novembro de 1976, foi incorporada à Armada a Fragata “Niterói”, primeira dos seis navios e que deu nome a Classe. Seguiram-se a Fragata “Defensora” em 1977, as Fragatas “Constituição” e “Liberal” em 1978, a Fragata “Independência” em 1979 e a Fragata “União” em 1980, estas duas últimas construídas no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, com material, equipamentos e assistência técnica do estaleiro inglês. Esta Classe de navios ´´Niterói´´ representou um marco de avanço tecnológico em termos de sistemas de combate e de manutenção, como parte do Programa de Renovação e Ampliação de Meios Flutuantes da Marinha.
A Fragata Defensora (F-41) é o segundo navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, sendo o primeiro a Corveta Defensora, construída em 1828. A construção da Defensora foi iniciada em 13 de setembro de 1972 nos estaleiros Vosper-Tornicroft Ltd., na Inglaterra, tendo a quilha batida em 14 de dezembro. Foi lançada e batizada em 27 de março de 1975, tendo como madrinha a Sra. Zazi Aranha Correia da Costa, esposa do Embaixador Sérgio Correia da Costa. Fez-se ao mar pela primeira vez em 27 de setembro de 1976 para verificação de dados táticos e provas de máquinas e casco, que se estenderam até o dia 9 de novembro. Foi incorporada em 5 de março de 1977 em cerimônia realizada no porto de Southampton, Inglaterra. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Mar-e-Guerra Haroldo Basto Cordeiro Júnior.
Modernização
Foi modernizada a partir de Junho de 2000, recebendo melhorias particularmente nos sistemas de sensores e armamentos, retornando ao serviço ativo em Agosto de 2003.
A embarcação é orgulhosamente apelidada de A Deusa pela sua tripulação. No vídeo abaixo, uma visão panorâmica da F-41:
A Fragata possui um Destacamento Aéreo Embarcado composto por uma aeronave AH-11B WildLynx, do 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque (HA-1).
Atualmente, a fragata Defensora está sediada na Base Naval do Rio de Janeiro, subordinada ao Comando do 1º Esquadrão de Escolta.
Embora não haja registros específicos sobre histórias marcantes dessa fragata em particular, as fragatas de um modo geral desempenham um papel crucial na defesa e proteção das águas territoriais do Brasil, bem como em operações de segurança marítima e humanitárias. Elas são frequentemente enviadas para missões de patrulha, vigilância e controle de fronteiras marítimas, além de participarem de exercícios militares conjuntos com outras marinhas ao redor do mundo.
Além disso, as fragatas brasileiras também têm participado de operações de paz sob a égide das Nações Unidas, contribuindo para a estabilidade e segurança em áreas de conflito ao redor do globo. Suas capacidades multifuncionais as tornam peças-chave na promoção dos interesses marítimos e estratégicos do Brasil.
Cada uma dessas embarcações tem sua própria jornada e contribuição para a história naval do Brasil, seja em tempos de paz ou em situações de crise e conflito.
Quase 50 anos
Com seus quase 50 anos de idade, a Fragata Defensora participou de centenas de missões de paz, humanitárias, no Brasil e exterior, e de intercâmbios de exercícios militares com nações amigas em várias partes do mundo. Sua folha de serviços e missões é extensa e sua contribuição pública em benefício da sociedade brasileira e internacional já indica que o investimento nesse meio naval estratégico é sempre compensador.
Fragata Defensora F-41
Operador: Brasil Marinha do Brasil
Fabricante: Vosper-Tornicroft, Inglaterra
Construção: 14 de dezembro de 1972
Lançamento: 27 de março de 1975
Comissionamento: 5 de março de 1977
Características gerais
Tipo de navio: Fragata
Classe: Classe Niterói
Tonelagem: 3.200 tonpadrão / 3.800 ton plena carga
Largura: 13,59 m
Comprimento: 129,55 m
Calado: 5,9 m
Propulsão: CODOG (Combined Diesel or Gas) com 2 turbinas a gás Rolls-Royce Olympus TM3B 28.000 shp cada; 4 motores MTU 16V956 TB91 de 3.940 bhp cada
Velocidade: 30,5 nós (56 km/h)
Código Internacional de Chamada: PWDE (PXDE)
Armamento: 1 reparo singelo do canhão Vickers Mk 8 de 4.5 polegadas/55 calibres (114mm); 2 reparos singelos do canhão Bofors de 40 mm/70 Mk3; 1 lançador óctuplo de mísseis superfície-ar Aspide; um morteiro duplo do foguetes SR-375 BOROC de 375mm e 2 lançadores triplos STWS Mk 1 de torpedos A/S de 324mm; 2 lançadores de mísseis superfície-superfície Exocet MM-40; e 1 Sistema de Lançamento de Despistadores de Mísseis – SLDM ET/SLQ-3. Composto por 04 lançadores de 12 células e utiliza foguetes Chaff.
Aeronaves: 1 helicóptero Westland AH-11A Super Lynx
Equipamentos especializados: 1 radar de busca combinada RAN-20S, com IFF; 1 radar de superfície Terma SCANTER; 1 radar de navegação Furuno 1942; 1 alça optrônica EOS-400/10B; 2 agulhas giroscópicas Sperry Mk-39; 2 radares de direção de tiro ORION RTN-30X; 1 equipamento de medidas de apoio à guerra eletrônica (MAGE) CUTLASS B1-BW; 1 equipamento de contra-medidas de guerra eletrônica ET-SLQ-1A; radiogoniômetro VHF; radiogoniômetro HF D/F e 1 Sonar de Casco EDO 997-F.
Tripulação: 209, sendo 22 oficiais e 187 praças.