O Alto Comando das Forças Armadas está em alerta máximo com a proposta de reforma da previdência apresentada pelo presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.
A proposta, que prevê mudanças nas regras da Previdência Social para militares e servidores civis, é vista com preocupação pelos generais, que temem que a medida retire direitos conquistados ao longo dos anos. A informação é da Folha de São Paulo.
Em reunião realizada de 13 a 17 de maio, os generais do topo da carreira já haviam decidido que o Sistema de Proteção Social dos Militares (SPSMFA) merecia vigilância constante.
O medo se justifica após a notícia revelada pelo jornalista William Waack, da CNN, de que as despesas obrigatórias do governo brasileiro aumentaram consideravelmente, consumindo 100% do orçamento disponível.
Segundo Waack, essa “armadilha fiscal” surgiu de dois lados: o aumento dos gastos com a Previdência Social e a vinculação de verbas para áreas como saúde e educação.
Com o orçamento comprometido, o governo não teria recursos para investir em outras áreas, como infraestrutura e desenvolvimento social.
Diante desse cenário, o Alto Comando das Forças Armadas decidiu ligar o sinal de alerta e se mobilizar para defender os direitos dos militares.
Os generais argumentam que os militares já sofreram uma série de cortes nos últimos anos, como a perda de reajustes salariais e o enfraquecimento do sistema de saúde.
Eles também defendem que os benefícios na inatividade, como aposentadoria integral e menos tempo de serviço, são compensatórios por uma série de direitos que os militares não possuem, como hora extra, adicional noturno e limite de horas de trabalho diárias.
A proposta de reforma da previdência ainda está em fase inicial de discussão e ainda não há um consenso sobre as medidas que serão tomadas.
No entanto, ao que parece, o Alto Comando das Forças Armadas já está se preparando para defender os direitos dos militares e evitar que novas perdas sejam impostas à categoria.