O Exército Brasileiro decidiu suspender um pregão que tinha como objetivo a contratação de um serviço de internet via satélite de baixa órbita para a região da Amazônia, conforme reportado pelo site Capital Digital. A intenção inicial era alocar um investimento de R$ 5,1 milhões para o serviço. No entanto, o pregão foi cancelado e o edital foi reformulado.
A suspensão do pregão, originalmente agendado para 30 de abril, ocorreu em resposta a uma contestação feita pela Pulsar Brasil Telecomunicações. A empresa, sediada no Rio de Janeiro, argumentou que o edital favorecia injustamente a Starlink, pois exigia licenças específicas que dificultavam a participação de outras empresas concorrentes.
Segundo o edital, o Exército planejava desembolsar R$ 5,1 milhões pelo serviço, contanto que o provedor oferecesse uma qualidade de conectividade significativamente superior àquela fornecida por operadoras de satélites geoestacionários.
Dentre as exigências estavam uma taxa mínima de download de internet de 80 Mbps (megabits por segundo) e uma taxa de upload de 20 Mbps, enquanto os provedores de serviço atuais oferecem apenas 10 Mbps.
A Starlink seria a única empresa capaz de atender a esses requisitos. Portanto, o pregão provavelmente contaria apenas com revendedores do serviço da empresa de Elon Musk para instalar 128 pontos de presença (antenas/receptores).
Apesar da suspensão, o Comando Militar da Amazônia (CMA) ainda demonstra interesse em contratar serviços de satélites de baixa órbita. A principal motivação é a baixa latência do serviço, que é superior à oferecida por satélites geoestacionários, que eram a opção anterior.
Com informações de Jornal GGN