Mais de 1.000 manifestantes pró-Palestina foram presos nos últimos dias em protestos pró-Palestina em Universidades por todo os EUA, de acordo com diversos canais de notícias. No entanto, pelo menos 20 manifestações anti-guerra ainda ocorrem nas universidades americanas. Algumas universidades, incluindo a Universidade de Columbia, onde os protestos eclodiram inicialmente, registaram inclusive uma nova intensificação dos protestos.
Em comunicado divulgado nesta terça-feira, um porta-voz da Columbia disse que “os estudantes que ocupam o prédio enfrentam [processo de] expulsão”. De acordo com o porta-voz da universidade, foi oferecida aos manifestantes a oportunidade de partirem pacificamente e completarem o semestre. Porém, quem não cumprir as condições traçadas sofrerá penalidades.
“Os manifestantes optaram por escalar para uma situação insustentável – vandalizando propriedades, arrombando portas e janelas e bloqueando entradas – e estamos seguindo com as consequências que delineamos ontem”, disse o porta-voz.
Confrontos violentos
No estado de Oregon, manifestantes ocuparam uma biblioteca na Universidade Estadual de Portland. Na terça-feira, a universidade insistiu que os manifestantes deixassem a biblioteca. Posteriormente, a reitoria pediu ajuda à polícia.
Os confrontos entre polícia e manifestantes tornaram-se sobretudo violentos em diversos casos. A polícia chegou a usar equipamentos de choque e spray de pimenta para dispersar um protesto na Virginia Commonwealth University, em Richmond. Anteriormente, os manifestantes atiraram objetos contra os policiais e usaram agentes químico, de acordo com autoridades. Treze pessoas, incluindo seis estudantes, foram presas, acusadas de reunião ilegal e invasão de propriedade.
Na terça-feira, a polícia também conseguiu encerrar uma ocupação de oito dias do prédio administrativo da Universidade Politécnica do Estado da Califórnia, Humboldt.
A onda de vários dias de protestos anti-guerra nos campus é uma manifestação do descontentamento sobretudo dos jovens americanos com a forma como a administração Biden lida com o conflito israelo-palestiniano. Uma pesquisa recente da CNN descobriu que 71 por cento dos adultos americanos entrevistados estavam insatisfeitos com as atitudes do governo em relação ao conflito. Entre aqueles com menos de 35 anos, 81 por cento se declararam insatisfeitos.