Na tarde da última sexta-feira, 14 de junho, um caça bombardeio modelo Sukhoi Su-24 “Fencer” da Força Aérea Russa violou o espaço aéreo sueco na região leste da estratégica ilha de Gotland.
A aeronave acabou causando uma agitação diplomática entre os países. De acordo com informações do site Simple Flying, especializado em aviação militar e civil, a Suécia emitiu diversos avisos de rádio para o caça russo que, sem resposta, acabou sendo interceptado por dois Saab JAS-39 Gripen.
A intercepção foi necessária para reduzir o risco para o país, uma vez que o Fencer é reconhecido por sua capacidade de voar baixo e lançar seus armamentos bélicos ao solo.
Caso a Suécia estivesse certa e o caça russo realmente apresentasse uma ameaça, os Gripens teriam sido capazes de destruir o Fencer com misseis ar-ar e o canhão de 30 mm.
Contudo, o jato russo estava armado apenas com um canhão rotativo Gryazev-Shipunov GSh-6-23M de 23 mm com 500 tiros e carregava tanques de combustível externo
Além da interceptação dos jatos, foi necessário um acompanhamento diplomático para lidar com a situação.
Resposta Sueca
No dia seguinte, em 15 de junho, o Chefe das Forças Aéreas Suecas, Jonas Wikman, declarou que a ação é inaceitável.
“A ação russa não é aceitável e mostra uma falta de respeito pela nossa integridade territorial. Acompanhamos todo o processo e estivemos lá para intervir. A lei reflete a situação geral de segurança com um ambiente menos seguro e um comportamento mais agressivo do lado russo.”
Rússia se defende
O governo russo, no entanto, nega qualquer responsabilidade e informou, por meio da sua agência de notícias, a TASS, que sempre age em conformidade com o direito aéreo internacional.
“O Ministério da Defesa russo afirmou repetidamente que as aeronaves militares russas realizam as suas missões em estrita conformidade com o direito aéreo internacional.”
Gotland tem importância histórica
O jato russo interceptado pela Suécia não sobrevoava qualquer região. Ele estava sob Gotland, uma ilha que foi trocada pela Rússia com os suecos quando os dois países estavam em guerra, em 1808.
Após a guerra da Rússia contra a Ucrânia, a Suécia optou por rever a sua política anterior de deixar a ilha sem defesa.
Com isso, em 2023, Gotland ganhou reforço militar, tendo a defesa aérea da região reativada.