A Coreia do Norte anunciou que deixará de enviar balões cheios de lixo para a Coreia do Sul. O país encerrou a campanha, no entanto, considerando uma contramedida eficaz contra a propaganda enviada por ativistas anti-regime no sul.
Anteriormente, militares sul-coreanos relataram que a Coreia do Norte lançou centenas de balões carregados com sacos de lixo, contendo desde pontas de cigarro até pedaços de papelão e plástico. Seul, por sua vez, ameaçou retaliar se as provocações continuassem. Em resposta, a Coreia do Norte declarou que interromperia a campanha, mas advertiu que, se os ativistas sul-coreanos retomassem o envio de folhetos anti-Pyongyang, a Coreia do Norte aumentaria significativamente o envio de balões de lixo.
Resposta da Coreia do Sul
A Coreia do Sul classificou a ação dos balões e o bloqueio simultâneo do GPS como “irracionais” e de “classe baixa”. No entanto, ao contrário dos recentes lançamentos de mísseis balísticos, a campanha de envio de lixo não viola as sanções das Nações Unidas. Seul avisou que tomaria fortes contramedidas a menos que Pyongyang interrompesse o envio dos balões, alegando que a ação vai contra o acordo de armistício que encerrou a Guerra da Coreia.
Os ativistas sul-coreanos também lançaram balões ao longo da fronteira, cheios de folhetos, dinheiro, arroz e pen drives com material midiático sul-coreano. Pyongyang descreveu seus “presentes sinceros”, portanto, como retaliação a esses balões de propaganda.
Os balões norte-coreanos pousaram em várias províncias do norte da Coreia do Sul, incluindo a capital Seul e a área de Gyeonggi. O último lote de balões estava cheio de “resíduos como pontas de cigarro, pedaços de papel, tecido e plástico”. Militares e policiais sul-coreanos estão coletando os destroços, priorizando a segurança pública.