Militares das Forças Armadas e agentes da Polícia Federal e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) destruíram uma pista de pouso clandestina localizada dentro da Terra Indígena Yanomami nessa terça-feira, 25 de junho. Ela era usada para as atividades de garimpo ilegal.
Os militares também apreenderam 3 toneladas de cassiterita, conhecida como ouro negro. A cassiterita é um minério que possui alta densidade, é resistente à ferrugem e muito útil na fabricação de latas de alimentos, acabamento de carros, fabricação de vidros e telas de celulares.
Na natureza é encontrada em forma de rocha bruta, mas antes de ser vendida passa por um longo processo de mineração, que inclui trituração e moagem.
Também foram apreendidos equipamentos usados na atividade ilícita.
De acordo com o governo federal, cerca de 400 militares participam das ações de combate ao garimpo desde 26 de março deste ano, nos Estados do Amazonas e Roraima, no contexto da Operação Catrimani II.
À disposição da operação do Ministério da Defesa também há 20 navios e embarcações, 28 veículos e 5 aeronaves.
A estimativa do governo é que, nos últimos 3 meses, já foram destruídos 156 acampamentos, feitas 49 prisões e apreendidas 29 armas.
Frustraram planos de longo prazo dos criminosos
Nos dias 21 e 22 de junho, as Forças Armadas destruíram 5 acampamentos montados por garimpeiros ilegais na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.
Os acampamentos estavam vazios quando os 12 militares, 2 integrantes do Ibama e 2 agentes da PF chegaram, mas na fuga os criminosos deixaram para trás equipamentos de cozinha, roupas, tendas grandes e refrigeradores, indicando que os espaços eram usados para permanência a longo prazo.
Na ação foram destruídos ainda 9 motores de barco e 5 geradores de energia usados pelos garimpeiros nas atividades criminosas.