O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Marcos Antônio Amaro, estimou que o Brasil tem um prejuízo de mais de R$ 1 trilhão com crimes cibernéticos.
A declaração foi feita durante um debate na Subcomissão Permanente de Defesa Cibernética do Senado, realizado na última terça-feira, 18 de junho.
Para chegar nessa cifra, o general Amaro utilizou dados do Fórum Econômico Mundial, segundo o qual cerca de 14% do PIB dos países são consumidos por crimes cibernéticos.
No caso do Brasil, esse percentual representaria R$ 1,5 trilhão.
O general argumentou que, se medidas de governança, fiscalização e controle fossem utilizadas, seria possível economizar 10% dessas perdas, fazendo com que o país economizasse R$ 150 bilhões.
“O Fórum Econômico Mundial avalia que cerca de 14% do PIB dos países do mundo todo são consumidos pelos crimes cibernéticos; 14% do nosso PIB seria R$ 1,5 trilhão. Se as iniciativas relacionadas à criação de um órgão de governança, fiscalização e controle resultassem em uma economia de 10% do que hoje se perde, seria de R$ 150 bilhões. O volume de recursos que se perde com crime cibernético sem dúvida é inimaginável”, disse o general.
A segurança cibernética, também conhecida como cibersegurança, envolve um conjunto de medidas para proteger sistemas, redes e informações digitais contra ameaças e ataques. Com a crescente digitalização da sociedade, a cibersegurança tornou-se essencial para a proteção de dados.
O senador Fernando Dueire (MDB-PE) reforçou a necessidade de aprimorar a defesa cibernética do Brasil, ressaltando a sofisticação dos ataques recentes. Dueire defendeu a criação de um órgão ou agência específica para garantir a eficácia da defesa cibernética no dia a dia.
O debate teve como objetivo avaliar a efetividade da Política Nacional de Cibersegurança, instituída em 2023, e identificar os desafios para implementar uma estratégia eficaz de segurança cibernética no país. A Subcomissão Permanente de Defesa Cibernética funciona no âmbito da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
Com informações da Agência Senado