A psicóloga da FAB (Força Aérea Brasileira), Wildyrlaine Cristina Pretko, disse que o grande desinteresse por parte dos homens na carreira militar é um dos motivos para a abertura de vagas para mulheres.
Ela se referia, por exemplo, ao anúncio do Ministério da Defesa de que o Brasil terá alistamento militar feminino opcional em 2025, assim como a primeira turma de fuzileiras navais mulheres na Marinha e o curso do Exército de formação nos cargos de piloto e gerência de manutenção de aeronaves, pioneiro para o gênero feminino.
“Os homens tentam se esquivar a todo custo. Eu posso dizer porque fiz parte do processo seletivo para o ano obrigatório dos militares e a maioria foge mesmo. Enquanto isso, nós conhecemos diversas mulheres que adorariam que o serviço militar fosse obrigatório a partir dos 18 anos, e agora existe uma possibilidade de que não seja obrigatório, mas facultativo, e que as mulheres possam também fazer parte desse ingresso aos 18 anos”.
A declaração foi dada ao jornal da USP (Universidade de São Paulo) e divulgada no portal da instituição nesta quarta-feira, 26 de junho.
Pretko, que também é especialista em Psicologia Clínica e Hospitalar pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, afirma que é muito importante a inclusão feminina para a dinâmica social e familiar.
“Muitas mulheres são chefes de família ou mães solo, e são elas que sustentam os filhos e as casas. Então é importante que as mulheres ampliem os seus espaços no mercado de trabalho”.
Mulheres nas Forças Armadas Brasileiras
Atualmente, segundo o Ministério da Defesa, as mulheres representam apenas 9,5% do efetivo total das Forças Armadas.
Além dos 326 mil homens, há cerca de 8 mil mulheres na Marinha, 12 mil na Aeronáutica e 13 mil no Exército.
Primeira Força a abrir as portas para as mulheres, a Marinha é a que tem o menor número de mulheres nos quadros e o segundo menor em percentual.