O general da reserva Marcos Antônio Amaro, chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), concedeu uma longa entrevista à revista Veja, publicada nesta sexta-feira, 28 de junho.
Na conversa, Amaro, que é o único militar a integrar o primeiro escalão do governo, ressaltou que “há uma relação de respeito e subordinação ao presidente da República, que é o comandante supremo das Forças Armadas“.
“Não poderia ser diferente”, reforçou ele, acrescentando que Lula tem comparecido a todos os eventos militares e demonstrado satisfação em estar presente.
“A segurança tem de ser impessoal. Seja o presidente de um partido ou de outro partido, o agente que vai servi-lo vai se postar na frente para tomar um tiro no lugar da autoridade, se necessário for”.
O chefe do GSI também afirmou que o grau de preocupação com a segurança do presidente é de total normalidade, mesmo que o país continue dividido politicamente.
“A gente faz um permanente monitoramento de todos os eventos dos quais o presidente ou o vice participem. Nós buscamos o máximo de informações. E não tem surgido nenhuma ameaça além daquelas que a gente visualiza”.
Amaro também argumenta que não acredita que ocorrerá um novo 8 de janeiro em um tempo razoável, em especial pelas medidas que o governo tem adotado e pela criminalização de quem, comprovadamente, foi autor de depredações no Congresso Nacional.
“Ficou bastante caracterizado que esse tipo de atitude não será tolerado e terá repercussões muito sérias, gerando um efeito pedagógico, sem dúvidas. E também porque estamos sendo bastante cuidadosos. Antes, um efetivo mínimo que vinha para cá em caso de manifestação em nível amarelo era de um pelotão, 35 homens. Hoje o número mínimo, em qualquer situação que exija alguma atenção, é de uma companhia, ou seja, 120 homens reforçando a segurança que já existe”.