Os aviões, adquiridos da Força Aérea da Dinamarca, ainda não têm prazo de entrega, mas sua chegada será um marco importante para as capacidades militares argentinas. Desde a aposentadoria dos caças Mirage III em 2015, a Argentina não possui caças supersônicos, limitando seriamente seu poder aéreo.
Além disso, Brasil, Peru, Colômbia, Cuba, Honduras e México também operam caças supersônicos, similares aos F-16.
Primeiro caça Gripen é produzido no Brasil
Força aérea do Brasil lidera o poder aéreo na América Latina com os modernos caças Gripen F-39.
O Brasil lidera o poder aéreo na América Latina com os modernos caças Gripen F-39. O maior país da América Latina possui 185 aviões em capacidade de combate, incluindo 47 caças supersônicos Northrop F-5 Tiger II e 24 aviões de ataque AMX A-1. Os caças suecos Saab Gripen são a joia da Força Aérea Brasileira, com seis em operação e dezenas mais esperados no âmbito de um acordo assinado em 2013. Parte desses caças será fabricada no Brasil, fortalecendo ainda mais a indústria nacional.
A Argentina, por outro lado, possui 22 aeronaves de combate, incluindo os caça-bombardeiros subsônicos Douglas A-4AR e aviões de ataque leve Pampa. Com a chegada dos F-16, a Força Aérea Argentina espera superar suas limitações atuais e aumentar significativamente suas capacidades.
O Chile é um dos principais operadores do caça F-16 na América Latina, com 46 unidades em diferentes versões. Entre as 76 aeronaves da Força Aérea Chilena em capacidade de combate, estão incluídos também 12 caças F-5 Tiger III. Isso coloca o Chile em uma posição estratégica significativa na região.
A Colômbia possui uma frota de 64 aeronaves de combate, destacando-se os 22 caças supersônicos IAI Kfir, fabricados em Israel com base no caça francês Mirage 5. Essa diversidade de origem de suas aeronaves proporciona uma flexibilidade tática importante.
Cuba, por sua vez, opera 10 aeronaves de combate de origem soviética e russa, incluindo os MiG-29 e MiG-21. Embora em menor número, essas aeronaves mantêm a capacidade de resposta rápida e defesa aérea para o país.
Honduras, com 17 aeronaves de combate, conta com 11 caças F-5 Tiger II. Essa pequena, mas eficiente, força aérea é uma das poucas na América Central com capacidade supersônica. Isso reflete a importância estratégica que Honduras atribui à manutenção de uma força aérea operacional.
A Força Aérea do México tem 80 aviões de combate, mas apenas 5 são caças supersônicos F-5 Tiger II, refletindo um baixo gasto em Defesa comparado a outros países da região. Este fato destaca um desafio significativo para a modernização das capacidades militares mexicanas.
O Peru opera 60 aeronaves de combate, incluindo 19 MiG-29 e 12 Mirage 2000. Esta mistura de aeronaves de origem soviética e ocidental permite uma versatilidade notável em diferentes cenários operacionais, aumentando a capacidade de defesa do país.
A Força Aérea da Venezuela, com 79 aeronaves, possui 18 caças F-16 e 21 Sukhoi Su-30 de origem russa. A combinação dessas aeronaves diversas coloca a Venezuela como um dos países com uma força aérea significativa na América Latina, capaz de responder a diferentes ameaças.
Argentina busca melhorar sua posição no cenário militar da América Latina com as compras dos caças F-16
A aquisição de caças pela Argentina reflete um aumento global no gasto em Defesa. Em 2023, o gasto global em Defesa subiu para US$ 2,443 trilhões, um aumento de 6,8% em relação a 2022, conforme o Instituto Internacional de Estocolmo para a Pesquisa da Paz (SIPRI). Este crescimento acentuado no orçamento de Defesa é um indicativo claro das prioridades estratégicas globais em um mundo cada vez mais instável.
Enquanto o mundo investe mais em armamentos, o gasto em Defesa na América Latina permanece baixo. Apenas a Colômbia dedica 3,1% de seu produto à Defesa, enquanto México, Venezuela e Argentina gastam menos de 1%. Este descompasso entre as necessidades de segurança e os investimentos efetivos em Defesa coloca a região em uma posição vulnerável em termos de prontidão militar.
Com a compra dos F-16, a Argentina busca melhorar sua posição no cenário militar da América Latina, onde o Brasil continua liderando com sua frota avançada. Este movimento pode ser visto como uma tentativa de equilibrar as forças e aumentar a dissuasão na região.
A introdução dos F-16 na Força Aérea Argentina será um divisor de águas, não apenas para a Argentina, mas também para o equilíbrio de poder na América Latina. Isso poderia desencadear uma nova corrida armamentista na região, com países buscando modernizar suas próprias forças aéreas em resposta.
Enquanto o Brasil fortalece sua liderança com os Gripen F-39 e a Argentina se prepara para incorporar os F-16, o panorama do poder aéreo na América Latina está prestes a mudar. Este é um momento crucial para observar as tendências de Defesa e as estratégias geopolíticas na região.