Três juízes do Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) rejeitaram o pedido de arbitragem de Thomas contra a World Aquatics. De acordo com o tribunal, “o painel conclui que ela não tem legitimidade para contestar a política e os requisitos operacionais no âmbito do presente processo”.
Impacto nas Aspirações Olímpicas
Thomas, que raramente concede entrevistas, afirmou anteriormente ao “Good Morning America” da ABC News que um de seus objetivos de vida era competir nas Olimpíadas. Com a decisão desta semana, ela não poderá participar das eliminatórias deste mês para os Jogos Olímpicos.
De acordo com regras da World Aquatics, estabelecidas em 2022, mulheres trans que passaram pela puberdade masculina não podem competirem em categorias femininas. No entanto, a instituição criou uma categoria “aberta” para atletas transgêneros. Thomas contestou essas regras no tribunal desportivo da Suíça no ano passado, argumentando que eram inválidas, ilegais e discriminatórias. A decisão do tribunal, contudo, reafirmou a posição da World Aquatics.
Em resposta à decisão do CAS, Thomas declarou por meio de seu advogado que a decisão é “profundamente decepcionante”. Além disso, a atleta declarou que as proibições gerais são discriminatórias e privam as mulheres trans de oportunidades atléticas essenciais para suas identidades. Ela chamou a decisão de um “apelo à ação” para que atletas trans continuem lutando por seus direitos.
Repercussões
A World Aquatics saudou a decisão do CAS como um grande passo na proteção do esporte feminino. A vitória de Thomas na NCAA gerou um debate global sobre a participação de mulheres trans em esportes femininos e a tornou alvo frequente da mídia conservadora. Riley Gaines, ex-nadadora da Universidade de Kentucky e crítica de Thomas, comemorou a decisão como uma vitória para mulheres e meninas.
Por outro lado, a organização Athlete Ally, que defende a inclusão de LGBTQ nos esportes, condenou a decisão, afirmando que o CAS negou a Thomas o direito de uma solução eficaz para atos que violam seus direitos humanos. Hudson Taylor, fundador e diretor executivo da Athlete Ally, considerou o dia como triste para o esporte e para aqueles que acreditam na inclusão de atletas trans.