As Forças Armadas vão atuar no combate aos incêndios no pantanal, bioma localizado nos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul que tem sofrido com seca extrema e avanço dos focos de incêndio. A existência de regiões isoladas é um dos grandes entraves da operação.
A participação dos militares foi decidida numa reunião realizada nesta última segunda-feira, 17 de junho, entre secretários de diversos ministérios. A reunião integra uma sala de situação criada pelo governo na semana passada, pra acompanhar o caso de perto.
Segundo o Ministério da Defesa, nesta primeira etapa a participação dos militares será por meio do envio de equipamentos e auxílio para transporte de brigadistas.
Em 2020, uma forte estiagem contribuiu para a queima de mais de 30% do pantanal. De acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), de 1º de junho a 14 de junho de 2024 já foram registrados 733 focos de queimadas no bioma. O número é o maior para o mês em toda a série histórica do instituto.
Segundo Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), pela primeira vez estamos com o Pantanal completamente seco no primeiro semestre.
“O Ibama já contratou mais de 2 mil brigadistas para atuar em todo o país, com foco inicial no Pantanal e na Amazônia, e vamos fazer tudo o que for necessário. As crises climáticas são eventos cada vez mais extremos”.
Mas a situação não é grave somente no Centro-Oeste. Tanto que, na próxima segunda-feira, 24 de junho, a reunião da sala de situação vai tratar de ações para o enfrentamento da estiagem na Amazônia.
Em 2023, o Amazonas, um dos Estados da região, enfrentou a maior seca em 120 anos de história. Os prognósticos indicam que a situação pode se repetir agora em 2024.
Segundo a CNN, entre as ações discutidas estão a responsabilização dos autores de queimadas criminosos e apoio e abastecimento da população impactada.