Os novos motores Rolls-Royce dá um salto tecnológico e transformam as aeronaves de defesa dos Estados Unidos garantindo eficiência e estratégia nas operações até 2050. Mas nem tudo são flores, infelizmente a modernização dos bombardeiros estratégicos Boeing B-52H da Força Aérea Americana (USAF) enfrenta atrasos significativos, adiando para 2033 a implementação dos novos motores Rolls-Royce F130 e radares avançados AESA APG-79. Essas atualizações prometem aumentar a eficiência e a capacidade operacional da frota, mas dificuldades financeiras têm dificultado o progresso esperado.
Com 76 aeronaves na fila para receber essas melhorias, a expectativa inicial era ter os primeiros B-52J, como serão designados, operacionais até 2030. No entanto, a falta de financiamento adequado tem postergado o cronograma, afetando tanto o Programa de Substituição por um Motor Comercial (CERP) quanto o Programa de Modernização dos Radares (RMP). Essas mudanças são essenciais para garantir que os B-52H continuem desempenhando um papel crucial na defesa nacional até 2050 e além.
Motores TF-33 dos B-52H serão substituídos pelo poderoso e moderno turbofan Rolls-Royce F130
O programa CERP (Programa de Substituição por um Motor Comercial), que visa substituir os atuais motores TF-33 dos B-52H pelo moderno turbofan Rolls-Royce F130, está enfrentando dificuldades. Originalmente, a expectativa era que os primeiros bombardeiros atualizados, designados como B-52J, estivessem operacionais em 2030. No entanto, um documento do governo revela que essa meta foi adiada para 2033.
A principal causa do atraso é a falta de financiamento adequado para concluir o projeto. A Boeing e a Rolls-Royce estão trabalhando no desenvolvimento de protótipos virtuais da aeronave, que incluirão novos suportes para motores, unidades de geração de energia elétrica e displays de cabine modernos. O cronograma revisado agora prevê uma revisão crítica do projeto em agosto de 2025, com contratação em novembro do mesmo ano. A decisão de produção em baixa escala está prevista para novembro de 2028, e os testes operacionais devem começar em abril de 2032.
Desafios na modernização dos radares AESA
Paralelamente, o Programa de Modernização dos Radares (RMP) também está enfrentando desafios. Este programa visa substituir os antigos e ineficientes radares APQ-166 dos B-52H pelos modernos radares AESA APG-79, utilizados nos caças F/A-18E/F e adaptados pela Raytheon.
Apesar de ser um projeto teoricamente mais simples devido à maturidade do APG-79, os custos crescentes têm dificultado o progresso. A previsão atual é que os testes operacionais do radar AESA comecem no final de 2026, com a capacidade inicial sendo atingida em julho de 2027.
Força Aérea dos EUA decide aposentar os mais novos bombardeiros B-1B e B-2A
A decisão da Força Aérea dos EUA de aposentar os mais novos bombardeiros B-1B e B-2A, enquanto mantém uma grande frota de B-52H em serviço, destaca a versatilidade e confiabilidade desta aeronave. O B-52H não só é capaz de executar missões convencionais e nucleares, como também, após as atualizações, deverá permanecer em serviço até 2050. Esta longevidade é um testemunho da durabilidade e eficiência do B-52H, que continuará operando ao lado do novo B-21 Raider, um bombardeiro furtivo de 6ª geração desenvolvido pela Northrop Grumman.
Poderoso motor Rolls-Royce F130 promete maior eficiência de combustível e menor manutenção
Para entender melhor o impacto dessas atualizações, é importante considerar os aspectos técnicos dos novos componentes. O motor Rolls-Royce F130, derivado do modelo civil BR725, promete oferecer uma maior eficiência de combustível e menor manutenção, resultando em uma maior disponibilidade operacional. Além disso, os novos displays de cabine proporcionarão aos pilotos uma interface mais moderna e intuitiva, facilitando a operação da aeronave.
Os radares AESA APG-79, por sua vez, representam um salto tecnológico significativo em relação aos antigos APQ-166. Com capacidade de varredura eletrônica ativa, o APG-79 oferece uma maior resolução e alcance, permitindo detecção mais precisa de alvos e melhorando a eficácia em missões de combate. A Raytheon, responsável pela adaptação desses radares para os B-52H, está trabalhando para garantir que o sistema seja totalmente integrado com os outros componentes da aeronave.
A capacidade de realizar missões nucleares e convencionais torna o B-52H uma peça chave na estratégia da Força Aérea dos EUA.
Essas atualizações não são apenas melhorias técnicas, mas têm um impacto estratégico significativo. Com os novos motores e radares, os B-52H serão capazes de operar com maior eficiência e eficácia em uma ampla gama de missões. A capacidade de realizar missões nucleares e convencionais torna o B-52H uma peça chave na estratégia de defesa dos EUA.
Embora os atrasos nos programas de modernização do B-52H sejam um contratempo, eles não diminuem a importância dessas atualizações. O investimento contínuo na modernização dessas aeronaves é crucial para garantir que a Força Aérea dos EUA mantenha sua superioridade tecnológica e operacional. Com os novos motores Rolls-Royce F130 e os radares AESA APG-79, o B-52H está sendo preparado para enfrentar os desafios do futuro e continuar servindo como um componente vital da defesa nacional até 2050 e além.