Nos últimos dias, a China intensificou suas atividades militares em torno de Taiwan, enviando 66 aviões militares em duas ondas de incursões em apenas dois dias.
O movimento faz parte de uma série de ações crescentes por parte da China para pressionar Taiwan, que Pequim considera uma província rebelde.
Em resposta, Taiwan tem se preparado para possíveis confrontos, aumentando seu orçamento de defesa e adquirindo novos equipamentos militares, principalmente dos Estados Unidos, que são seu principal aliado.
Entre os aviões enviados, estavam mais de 30 caças, além de aviões de reabastecimento em voo. Essas ações também incluíram a presença de nove navios de guerra chineses nas águas próximas a Taiwan, o que o governo taiwanês descreveu como atos de “assédio” que poderiam escalar a tensão na região.
O Ministério da Defesa de Taiwan condenou esses movimentos e pediu que a China cessasse suas atividades militares destrutivas.
Provocação
Além das incursões aéreas, a China recentemente realizou exercícios navais que incluíram o porta-aviões Shandong.
As ações foram vistas como uma tentativa de desgastar a moral e a capacidade operacional das forças taiwanesas. Em um fórum de defesa em Pequim, um alto oficial militar chinês reiterou as ameaças contra qualquer movimento em direção à independência formal de Taiwan, afirmando que a China não permitiria a separação da ilha.
Os eventos ocorrem em um contexto de tensões crescentes entre China, Taiwan e os Estados Unidos, com a política americana de vender armas a Taiwan e apoiar sua defesa, apesar de não reconhecer oficialmente a independência da ilha. As manobras militares chinesas são vistas como uma combinação de demonstração de força e tentativa de influenciar a política interna de Taiwan, especialmente com as eleições presidenciais se aproximando (Military Times) (Military Vet Hub).