Dois militares do Ministério da Defesa foram exonerados após serem denunciados por abuso sexual.
De acordo com uma funcionária terceirizada do órgão, os 2 oficiais passaram a mão em suas partes íntimas durante um jantar ocorrido com autoridades locais para celebrar o fim da visita da delegação do Ministério a Manaus, entre os dias 15 e 19 de julho.
Os oficiais são Ubiratan Poty, ex-diretor do Departamento do Programa Calha Norte da Secretaria Geral do Ministério da Defesa, e Armindo Nunes de Medeiros Júnior, Sub-Diretor do Departamento do Programa.
O caso foi revelado pelo jornal Metrópoles nesta terça-feira, 30 de julho, e as exonerações publicadas no DOU (Diário Oficial da União).
As 2 exonerações foram, supostamente, a pedido dos militares. Armindo Medeiros foi afastado do posto no dia 24 de julho e Ubiratan Poty no dia 25 de julho.
A publicação sobre Ubiratan, assinada pelo ministro Rui Costa dos Santos, diz o seguinte:
“O MINISTRO DE ESTADO DA CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. 4º do Decreto nº 9.794, de 14 de maio de 2019, resolve: Nº 834 – EXONERAR, a pedido, UBIRATAN POTY do cargo de Diretor do Departamento do Programa Calha Norte da Secretaria Geral do Ministério da Defesa, código CCE 1.15, a partir de 25 de julho de 2024”.
O Metrópoles procurou o Ministério da Defesa, que respondeu com uma nota e disse repudiar qualquer tipo de abuso moral ou sexual.
“Diante do recebimento de denúncia, é imediatamente iniciada uma investigação rigorosa e independente para apurar os fatos, garantindo o sigilo das apurações e a preservação dos dados pessoais dos envolvidos, na forma da lei. Se comprovadas irregularidades, serão aplicadas as sanções cabíveis”.
Ao Metrópoles, os oficiais não se manifestaram.