Você sabia que uma das maiores alianças econômicas da América do Sul está à beira de um colapso? Com a chegada de Javier Milei ao poder na Argentina, as tensões com o Brasil aumentaram drasticamente, levantando questionamentos sobre o futuro do Mercosul. As decisões tomadas nos próximos meses podem redefinir completamente o cenário geopolítico da região. Mas o que a China tem a ver com tudo isso?
Descubra agora como essa crise pode impactar a economia sul-americana e o que está em jogo para esses países.
ATRITO: Argentina se OPÕE ao Brasil e MERCOSUL pode estar próximo do FIM! Mas o que a China tem a ver com isso?
Em um novo capítulo de divergências, a Argentina e o Brasil estão em desacordo sobre uma das questões mais críticas do Mercosul. Essa discordância pode, para alguns pessimistas, marcar o início do fim do bloco econômico sul-americano. Com a ascensão de Javier Milei ao poder, as relações entre os dois países seguem se deteriorando.
Uruguai quer negociar acordo de livre comércio com a China e postura ameaça a permanecia do país vizinho no Mercosul
No último domingo, ocorreu a 64ª Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados. A reunião, realizada em Assunção, capital do Paraguai, foi marcada pela troca de comando temporário de seis meses do bloco, agora liderado pelo Uruguai. Um dos principais temas discutidos foi a possibilidade de acordos comerciais bilaterais, uma questão que ameaça a permanência do Uruguai no Mercosul.
Os uruguaios têm demonstrado interesse em negociar um acordo de livre comércio com a China. Esta postura tem gerado tensões dentro do Mercosul, pois as regras do bloco exigem que negociações comerciais com países fora do Mercosul sejam feitas conjuntamente. No entanto, o Uruguai busca explorar oportunidades econômicas de forma independente, reconhecendo a crescente importância da China como parceiro comercial.
Essa situação levou a discussões sobre a saída do Uruguai do Mercosul para realizar suas próprias negociações bilaterais. Até agora, o Uruguai não formalizou sua saída, mas essa possibilidade revela as tensões e desafios internos do Mercosul em equilibrar interesses individuais com os objetivos coletivos do bloco. Com a possibilidade do Uruguai sair, o Mercosul enfrenta um dilema crucial.
Governo argentino se opôs ao Brasil na cúpula e defende negociação de acordos bilaterais por membros do Mercosul
Quando surgiu a possibilidade de o Uruguai deixar o Mercosul para negociar com a China, Argentina e Brasil se opuseram. Na época, a Argentina era liderada por Alberto Fernandez. Agora, com Javier Milei no poder, o governo argentino se opôs ao Brasil na cúpula. Diana Mondino, Ministra das Relações Exteriores da Argentina, defendeu a negociação de acordos bilaterais por membros do Mercosul.
A postura argentina se contrapõe totalmente aos interesses do Brasil, que prefere firmar acordos comerciais de forma coletiva. Segundo Mondino, os países do Mercosul devem ter a flexibilidade de fechar acordos de livre comércio isoladamente, quando conveniente para a nação. Essa declaração reflete uma mudança significativa na política externa argentina.
“Pensemos na possibilidade de acordos bilaterais. É muito difícil que todos estejam de acordo em todos os temas. Eventualmente pode haver um caso em que um acordo comercial bilateral seja conveniente”, declarou a ministra. O governo argentino também defende uma revisão da estrutura de gestão do Mercosul.
A saída da Argentina e do Uruguai reduziria o tamanho e a atratividade do mercado interno do Mercosul poderia criar um precedente perigoso
Além do presidente uruguaio considerar retirar seu país do bloco, Javier Milei deixou claro que, se pudesse, encerraria o Mercosul. Durante a campanha presidencial, Milei afirmou que o bloco é um “fracasso comercial” e que pretendia retirar a Argentina do Mercosul. “Vamos terminar com o Mercosul. É uma união alfandegária de má qualidade, que gera desvios comerciais e danos para todos os seus membros”, acusou Milei.
A Argentina, como um dos membros fundadores do Mercosul, junto com o Brasil, forma o núcleo econômico e político do bloco. A saída da Argentina enfraqueceria significativamente a coesão e a influência do Mercosul. Se dois membros importantes saírem, isso poderia criar um precedente perigoso.
A saída da Argentina e do Uruguai reduziria o tamanho e a atratividade do mercado interno do Mercosul, tornando-o menos relevante para negociações comerciais com outros blocos e países. A saída de membros cruciais poderia criar incerteza e instabilidade dentro do bloco, afetando investimentos e a confiança na região como um todo. Isso poderia desencorajar novas adesões e compromissos com o Mercosul, afetando diretamente sua sustentabilidade.
A situação atual do Mercosul é uma clara ilustração das dificuldades em manter um equilíbrio entre os interesses nacionais e os objetivos coletivos. A continuidade do bloco depende de uma solução diplomática que satisfaça todos os seus membros.