Um dos itens do Plano Estratégico do Exército Brasileiro 2024-2027 é o “fortalecimento da diplomacia militar terrestre“. Essa ação estratégica não abrange apenas o pessoal das Forças Armadas de nações amigas do entorno estratégico, mas inclui também parceiros remotos como os Estados Unidos da América.
Dentro dessa linha de planejamento, a Força terrestre, via Comando Militar da Amazônia, recebeu os cadetes do programa Academic Individual Advanced Development (AIAD), da United States Military Academy (USMA) West Point, para uma imersão profissional, cultural e linguística.
As boas-vindas foram dadas pelo chefe do Estado-Maior do CMA, o general de brigada Washington Rocha Triani.
MILITAR NORTE-AMERICANO SE DIZ “APAIXONADO PELO BRASIL”
Os programas AIAD da USMA oferecem aos cadetes (também chamados por lá de “oficiais alunos”) a oportunidade de experimentar uma imersão de curto prazo em idioma e cultura. Os futuros oficiais passam de duas a quatro semanas durante as férias acadêmicas de verão (final de maio a início de agosto) participando de estudos acadêmicos enriquecedores, pesquisas e imersões culturais.
Os cadetes viajam para vários locais do mundo para experimentar em primeira mão as culturas e idiomas que estudaram durante todo o ano. O AIAD abre um leque de possibilidades para o cadete que escolhe o português como língua estrangeira. Ele pode viajar para o Brasil, Portugal ou outros países lusófonos para estudar e falar português em ambientes militares e não militares.
Durante as atividades oferecidas pelo Exército Brasileiro, os sete cadetes e um oficial superior de West Point, foram familiarizados com as características da Amazônia Ocidental, as vocações estratégicas do Comando Militar da Amazônia e a atuação do Comando na defesa e proteção da Amazônia. Os temas foram apresentados em palestra pelo major Alexandre Silva, do Centro de Coordenação de Operações do CMA.
O oficial estadunidense major Choate, responsável pela comitiva, serviu de exemplo aos cadetes, ao declarar seu vínculo com o Brasil, justamente por intermédio do AIAD:
“Estive no Brasil quando era cadete, foi o primeiro país que visitei, depois do meu, eu sou apaixonado pelo Brasil, pela Amazônia, e só temos a agradecer pela imersão que estamos tendo no CMA”, destacou.
O grupo foi apresentado ainda ao Espaço Cultural Capitão-Mor Pedro Teixeira pelo assessor cultural do CMA, coronel Pontes. Lá, aprenderam sobre a história da conquista da Amazônia e puderam tirar dúvidas.
A visita dos militares de West Point ao CMA fortalece a conexão com as Forças Armadas de nações amigas e destaca a importância estratégica do Comando Militar da Amazônia na defesa da região.