A Coreia do Sul está prestes a lançar uma nova arma laser avançada, apelidada de “Star Wars”, destinada a fortalecer sua capacidade de defesa contra drones norte-coreanos. A arma, conhecida como Block-I, será operacional ainda este ano e representa um marco significativo na tecnologia militar sul-coreana.
A Administração do Programa de Aquisição de Defesa da Coreia do Sul (DAPA) anunciou que cada disparo da Block-I custará cerca de 2.000 won (aproximadamente R$ 7,50) e será capaz de atingir drones não tripulados com precisão.
Segundo a DAPA, o sistema laser ajudará a Coreia do Sul a responder de forma eficaz às provocações de drones da Coreia do Norte. Lee Sang-yoon, um oficial da DAPA, explicou que o laser funciona transferindo calor para os drones em aproximação. “Quando uma arma laser transfere calor para um drone, sua superfície derrete. À medida que a superfície derrete, os componentes internos pegam fogo, fazendo com que o drone eventualmente caia”, disse Lee à AFP.
A implementação desta tecnologia segue as ordens do presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol, que em 2022 pediu um fortalecimento das defesas aéreas do país após a falha do exército sul-coreano em derrubar vários drones norte-coreanos que cruzaram a fronteira pela primeira vez em cinco anos. O episódio destacou a necessidade urgente de aprimoramento das capacidades de defesa aérea da Coreia do Sul.
Armas laser têm atraído crescente interesse internacional nos últimos anos. De acordo com o think tank RAND, países como Israel, China, Rússia, França, Índia, Turquia, Irã, Coreia do Sul e Japão estão investindo em programas nacionais de desenvolvimento de armas a laser. A RAND enfatiza que nações concorrentes estão despejando investimentos significativos em armas de energia direcionada (DEWs) devido ao potencial de tais sistemas para alterar o cálculo militar e econômico da guerra moderna a favor de seus usuários, caso a tecnologia seja aperfeiçoada.
No início deste ano, o Reino Unido anunciou que testou um novo laser de alta potência que poderia ser utilizado contra drones russos na Ucrânia. De acordo com o Ministério da Defesa do Reino Unido, a arma DragonFire normalmente custa menos de US$ 13 (cerca de R$ 60) por disparo. Nos Estados Unidos, há indícios de que sistemas a laser podem estar disponíveis para proteger bases no Oriente Médio contra ataques de drones e mísseis, embora não esteja claro se já foram utilizados.
A arma Block-I da Coreia do Sul, ao custo de apenas R$ 7,50 por disparo, destaca-se como uma solução econômica e eficiente para a defesa aérea. Esta tecnologia avançada promete não apenas melhorar a segurança do espaço aéreo sul-coreano, mas também posicionar a Coreia do Sul como um líder no campo das armas de energia direcionada. À medida que as tensões com a Coreia do Norte persistem, a implementação de tais tecnologias se torna cada vez mais crucial para garantir a segurança e a soberania nacional.
Por fim, a expectativa de que a Block-I esteja pronta para operações em larga escala ainda este ano, a Coreia do Sul dá um passo significativo na modernização de suas capacidades de defesa, demonstrando seu compromisso em proteger seu território contra ameaças aéreas e manter a paz na região.