A recente live intitulada “É melhor FALIR a AVIBRAS! do que ceder à chantagem dos Estados Unidos!!!”, transmitida pelo Canal Arte da Guerra em parceria com o Canal do Tietê Produtora, trouxe à tona aspectos importantes de uma crise pouco mencionada nos grandes veículos de comunicação, mas que por suas implicações tem grande importância para o futuro do país. A crise enfrentada pela Avibras, uma das principais empresas de defesa do Brasil e, segundo colocado por um dos participantes, Fernando Tietê: Toda a lama que querem jogar na já debilitada industria de defesa brasileira
O debate na internet contou com a presença de Robinson Farinazzo, militar da Marinha do Brasil na reserva remunerada, professor (UERJ) João Cláudio Pitillo, Fernando Tietê, Valter Andrade, Ricardo Amadesi Costa e outros especialistas que discutiram as pressões dos Estados Unidos para a venda da empresa para um grupo australiano, além de abordarem as preocupantes implicações dessa possível venda para a soberania nacional.
O Contexto da Crise
“A AVIBRAS vai embora como foi a engesa… há uma única saída, o governo botar dinheiro… Toda empresa de defesa do mundo ou ela é estatal ou ela vive pendurada no estado.” R.Farinazzo.
A Avibras, conhecida dos militares e do público interessado na temática defesa nacional enfrenta uma encruzilhada crítica. Robinson Farinazzo expressou sua indignação com a falta de apoio da sociedade brasileira e das autoridades competentes, destacando que até os vídeos que faz mencionando a empresa têm poucos acessos, ilustrando o desinteresse pela temática.
“Todas as vezes que faça um vídeo da Avibrás é um fiasco de público… o dia que a Avibras for enterrada, e já ta a caminho, a porta do cemitério já está aberta, no caixão dela tem imprensa, governo, Forças Armadas, judiciário … A sociedade não estará nem aí”. De fato, a
As Soluções Propostas pelos especialistas
Durante a live, Farinazzo e Pitillo discutiram possíveis soluções para a crise da Avibras. Farinazzo defendeu, como acima mencionado, a estatização da empresa. Pitillo complementou, sugerindo a integração da Avibras com universidades públicas e as Forças Armadas para transformar a empresa em um celeiro de inovação tecnológica e pesquisa.
O Papel das Forças Armadas e do Governo
Um ponto crucial levantado foi o papel das Forças Armadas e do governo brasileiro na crise da Avibras. Farinazzo criticou a falta de iniciativa das autoridades militares, enquanto Pitillo ressaltou a importância de uma visão estratégica que priorize o desenvolvimento nacional. “Os Estados Unidos têm uma relação de cima para baixo conosco, e nós ficamos sempre numa situação subordinada”, afirmou Pitillo, destacando a necessidade de um pensamento estratégico autônomo para o Brasil.
O especialista disse ainda que “a palavra nacional tem que vir antes de qualquer coisa… se não desenvolvermos o que é nosso vamos estar eternamente dependentes dos outros… o Brasil vem há muitos anos, de maneira capenga, sendo subjugado pelo imperialismo e não consegue dar o grito da independência.”
Reações dos Leitores durante a discussão sobre a possível venda da AVIBRAS
Os comentários dos leitores durante a live refletiram uma mistura de frustração e sugestões construtivas. Iran Costa expressou sua preocupação com a falta de nacionalismo entre os políticos e militares brasileiros, enquanto Diego Nunes sugeriu uma maior cooperação tecnológica com países do BRICS. Gervasio Guimarães defendeu a privatização como solução, ele alertou também sobre os riscos de uma venda a preço baixo em um governo neoliberal.
Outros comentários destacaram a importância de manter a Avibras sob controle nacional. “A Avibras deve ter participação do governo e gestão do privado, algo semelhante às empresas chinesas e norte-americanas”, sugeriu Filipe Albuquerque. O comentário de Marcelo de Medeiros Castro alertou sobre a perda de tecnologias estratégicas: “se alguém comprar a Avibras, pode ser proprietário da patente dos propelentes e negar o uso ao Brasil”.
Impactos para o País
Uma das posições em consenso na discussão é de que a possível venda da Avibras para um grupo estrangeiro representa uma ameaça significativa para a soberania tecnológica e a capacidade de defesa do Brasil. A dependência de tecnologias estrangeiras e a submissão a pressões internacionais podem comprometer a segurança nacional e a autonomia do país em questões estratégicas, resume o que foi colocado sobre isso.