Nesta sexta-feira, 5 de julho, acontecerá a formação da primeira turma de mulheres fuzileiras navais da Marinha. O grupo de 114 mulheres coloca a Força Naval na história, já que é a 1ª, entre as 3 Forças Armadas Brasileiras, a ter combatentes femininas.
A Marinha foi pioneira na participação de mulheres em seus quadros, a partir de 1981. Mas primeiro elas ficaram restritas a funções administrativas e depois a cargos de comando, direção e comissões.
Entretanto, a Marinha não apenas antecipou a decisão do Ministério da Defesa de aceitar o alistamento militar feminino voluntário a partir de 2025 para as Forças Armadas, como também precisou fazer uma série de adaptações pra receber as mulheres que atuarão na linha de frente.
Para isso, conduziu diversos estudos e intercâmbios com Forças Navais mundo afora que possuem mulheres na linha de frente de combate, como, por exemplo, a dos Estados Unidos, e buscou entender as diferenças entre homens e mulheres pra aproveitar melhor as habilidades de cada um.
Entre as adaptações realizadas pela Marinha para receber as fuzileiras navais estão a modificação de uniformes, coletes e armamentos. Elas, por exemplo, vão carregar fuzis mais leves que os dos homens.
Além disso, a Marinha implementou reconhecimento facial nos alojamentos femininos para garantir que somente elas possam entrar nos locais.
O Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves, na Zona Oeste do Rio, onde elas fizeram o curso, passou ainda por mudanças estruturais na enfermaria, além de receber atualização nas normas internas e de comportamento.