A tenente-general Jennie Carignan foi nomeada nesta quarta-feira, 3 de julho, como a primeira mulher à frente do Exército canadense.
Com a medida, ela também se torna a primeira membro feminina a chegar ao posto entre os participantes do G7, que inclui, além do Canadá, os países da Alemanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Carignan é altamente condecorada e mãe de 4 filhos, dos quais 2 integram as Forças Armadas canadenses. Ela será promovida a general e substituirá o general retirado Wayne Eyre. A posse como chefe do Estado Maior de Defesa vai acontecer numa cerimônia em 18 de julho.
Segundo o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, a general vai assumir a liderança militar em um momento crucial, marcado por “uma geopolítica complicada e ameaças crescentes”.
“Estou seguro de que, como nova chefe do Estado Maior de Defesa do Canadá, ela ajudará o país a ser mais forte, mais seguro e até mais preparado para enfrentar os desafios da segurança global”.
Segundo dados do governo do Canadá, as mulheres representam 16% do Exército atualmente.
As mulheres nas Forças Armadas do Brasil
No Brasil, de acordo com dados das próprias Forças Armadas, há 8.420 mulheres na Marinha, o que representa 11% do total. Na FAB (Força Aérea Brasileira) existem 14.618 mulheres (22% do total) e no Exército atuam 13.017 pessoas (6% do total) do sexo feminino.
Recentemente, o ministro da Defesa José Múcio Monteiro anunciou que as Forças Armadas vão permitir pela 1ª vez que mulheres participem, voluntariamente, do alistamento militar em 2025 para a carreira de soldado.
Nesta sexta-feira, 5 de julho, 113 mulheres também vão se formar como as primeiras fuzileiras navais da história da Marinha Brasileira. A Força Naval fez uma série de adaptações para recebê-las, como alterações no uniforme e no armamento.Segundo a psicóloga da FAB, Wildyrlaine Cristina Pretko, o grande desinteresse por parte dos homens na carreira militar é um dos motivos para a abertura de vagas para mulheres mundo afora.