Nessa sexta-feira (26), às 14h30 (horário de Brasília), com a cerimônia de abertura em Paris, teve início a 33ª edição dos Jogos Olímpicos. Seguindo o padrão de anos anteriores, a atual delegação brasileira tem 274 atletas, sendo que 98 deles são militares.
Ao todo, os militares são cerca de 35% do Time do Brasil, sendo 96 do Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR), coordenado pelo Ministério da Defesa, e um de carreira. Em matéria recentemente publicada, a Revista Sociedade Militar deu alguns detalhes sobre o PAAR.
Os esportistas representarão o Brasil e as Forças Armadas em 21 modalidades, das 39 que terão participação verde e amarela:
- Águas Abertas
- Atletismo
- Boxe
- Canoagem
- Esgrima
- Ginástica Artística e Rítmica
- Judô
- Levantamento de peso
- Mountain Bike
- Natação
- Pentatlo Moderno
- Remo
- Saltos Ornamentais
- Taekwondo
- Tiro com Arco e Tiro Esportivo,
- Triatlo
- Vela
- Vôlei de Quadra e Vôlei de Praia.
Do total de 97 atletas militares que disputarão medalhas em Paris, 54 são mulheres e 43 são homens.
“Acreditamos que os militares terão excelentes participações e há ótimas expectativas para o melhor dos resultados, que poderão gerar conquista de medalhas e na projeção do país no cenário esportivo mundial”, destaca o Diretor do Departamento de Desporto Militar, General de Brigada Carlos Vinícius Teixeira de Vasconcelos.
O PROGRAMA ATLETAS DE ALTO RENDIMENTO, A CONTRIBUIÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS QUE AJUDOU ATLETAS MILITARES A OBTER 68% DAS MEDALHAS NOS JOGOS OLÍMPICOS DE 2016
Com o objetivo de fortalecer a equipe militar brasileira em eventos esportivos de alto nível, o Ministério da Defesa em parceria com o então Ministério do Esporte criou, em 2008, o Programa de Incorporação de Atletas de Alto Rendimento às Forças Armadas Brasileiras.
O alistamento é feito de forma voluntária e o processo de seleção leva em conta os resultados dos atletas em competições nacionais e internacionais. Dessa forma, as medalhas já conquistadas na carreira transformam-se em pontuações nos concursos para preenchimento das vagas.
Os atletas têm à disposição todos os benefícios da carreira, como soldo, 13º salário, férias, direito à assistência médica, incluindo nutricionista e fisioterapeuta, além de disporem de todas as instalações esportivas militares adequadas para treinamento nos centros das três Forças:
- Marinha (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes – CEFAN), do
- Exército (Centro de Capacitação Física do Exército e Complexo Esportivo de Deodoro) e
- Aeronáutica (Universidade da Força Aérea – UNIFA).
Nos Jogos Olímpicos Rio 2016, o Ministério da Defesa ultrapassou as metas estabelecidas, ao classificar 145 atletas militares para integrarem as seleções olímpicas e conquistar 13 medalhas, das 19 obtidas pelo Brasil. Os números foram superiores a Londres, em 2012.
A contribuição das Forças Armadas, com o apoio do então Ministério do Esporte, dos Comitês Olímpico do Brasil e Paralímpico Brasileiro, das confederações e federações esportivas, dos clubes sociais, entre outros parceiros, permitiu que atletas militares obtivessem 68% dos pódios.
Atualmente, a iniciativa conta com 533 atletas, de 35 modalidades.
O PAAR mantém alinhamento esportivo com o Comitê Olímpico do Brasil (COB), com os clubes, as federações e confederações a que os atletas pertencem. Também apoia as equipes militares brasileiras nos eventos esportivos conduzidos pelo Conselho Internacional do Esporte Militar (Cism).