A Força Aérea dos Estados Unidos está focada em reduzir os custos de seu programa de caças de próxima geração, conhecido como Next Generation Air Dominance (NGAD).
O programa vem para substituir o F-22 Raptor e manter a superioridade aérea em ambientes operacionais altamente contestados.
O NGAD não é apenas um novo avião, mas uma “família de sistemas” que inclui aeronaves tripuladas e drones combatentes colaborativos, além de capacidades avançadas de sensores e conectividade com satélites e outras aeronaves.
Caças bilionários
Contudo, com estimativa de cada caça custar cerca de 300 milhões de dólares, o que representa cerca de três vezes mais do que o F-22, a Força Aérea aumentou significativamente o orçamento para o NGAP em 2025.
O pedido de orçamento da USAF pretende injetar mais de US$ 2,7 bilhões para custos com o desenvolvimento do NGAD, além de outros US$ 577 milhões para os drones de suporte CCA da plataforma, totalizando mais de US$ 3,3 bilhões. Isso aumentará para quase US$ 7,3 bilhões em 2028 e US$ 8,3 bilhões em 2029 antes da entrada em serviço da plataforma.
Espera-se que o contrato seja concedido em 2024, com a intenção de colocar o NGAD em produção até o final desta década.
USAF está recebendo propostas
A competição pelo contrato NGAD começou formalmente em maio de 2023, com a Força Aérea liberando uma solicitação de propostas classificadas. As principais empresas de defesa, como Lockheed Martin e Boeing, são vistas como concorrentes prováveis após a saída da Northrop Grumman da disputa.
Um dos principais componentes do NGAD será o sistema de propulsão adaptativa de próxima geração (NGAP), que visa incorporar elementos de design desenvolvidos por programas de pesquisa financiados pelo Pentágono.
Embora os detalhes técnicos do NGAD sejam altamente confidenciais, sabe-se que o programa visa utilizar padrões de arquitetura aberta para permitir a concorrência durante todo o ciclo de vida do caça, reduzindo custos de manutenção e sustentação.
Este esforço é parte de uma estratégia mais ampla para garantir que a Força Aérea dos EUA mantenha sua vantagem tecnológica frente a ameaças crescentes, especialmente da China e da Rússia, que continuam a modernizar suas forças aéreas a um ritmo alarmante.