Nos últimos dias, a Eve, segmento da Embraer para mobilidade urbana, conseguiu um aporte financeiro na casa dos US$ 94 milhões ou R$ 530 milhões para desenvolver o protótipo do eVTOL, um veículo elétrico de decolagem e pouso vertical, também conhecido como “carro voador”.
O investimento foi impulsionado pela própria Embraer, que contribuiu com US$ 74 milhões, e pela Nidec, uma empresa japonesa, que investiu US$ 20 milhões.
O aumento de capital foi realizado através da emissão de 23,5 milhões de novas ações a um preço de US$ 4 cada. Esse movimento não só reforça a confiança dos investidores na capacidade inovadora da Eve, mas também sublinha o compromisso da Embraer em liderar a transformação do transporte aéreo urbano.
Com o novo aporte, a Eve espera acelerar o desenvolvimento tecnológico, garantindo que o eVTOL se torne uma realidade comercial viável nos próximos anos.
O protótipo deve estar pronto até o final de 2024. Já os primeiros modelos encomendados tem previsão de entrega para o ano de 2026.
Carro voador com viés sustentável
O carro voador da Eve é uma possibilidade de transformar o futuro do transporte urbano, oferecendo uma alternativa sustentável e eficiente aos modelos tradicionais.
O desenvolvimento de veículos elétricos de decolagem e pouso vertical é visto como uma solução promissora para os desafios de mobilidade urbana, especialmente em grandes centros urbanos congestionados.
Além do benefício óbvio de reduzir o trânsito nas ruas, os eVTOLs são projetados para serem mais silenciosos e ecológicos, utilizando tecnologias de propulsão elétrica que minimizam as emissões de carbono.
A parceria com a Nidec é também um ponto chave, dado o seu expertise em motores elétricos e sistemas de controle. A colaboração promete agregar valor ao projeto da Eve, integrando tecnologias avançadas que podem melhorar a eficiência e a performance dos eVTOLs.
Lift+Cruise
O carro voador em desenvolvimento pela Eve é um modelo do tipo “lift+cruise”, ou seja, a aeronave possui rotores para deslocamento vertical e asas para deslocamento horizontal.
O carro ainda conta com oito hélices e possui uma autonomia de 100 quilômetros, com capacidade para transportar até cinco passageiros (caso o piloto automático esteja ativado) ou quatro passageiros mais o piloto.
Já os pousos e decolagens deverão acontecer em aeroportos e ventiportos (helipontos para aeronaves elétricas).