Na quinta-feira passada, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, fez um apelo a todas as partes envolvidas no conflito no Oriente Médio para que evitem ações que possam intensificar a situação já delicada na região. Blinken destacou que a única maneira de quebrar o ciclo de violência e sofrimento é por meio de um cessar-fogo entre Israel e o grupo militante Hamas.
Paralelamente, o corpo de Ismail Haniyeh, líder do braço político do Hamas assassinado em Teerã, chegou ao Catar na quinta-feira, onde será enterrado na sexta-feira, conforme noticiado pela mídia catariana. O funeral de Haniyeh aconteceu na capital iraniana, com a presença de importantes figuras do governo, incluindo o novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. Durante a cerimônia, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança contra Israel.
Enquanto isso, o líder do grupo militante Hizbulá alertou na quinta-feira que o conflito com Israel entrou em uma “nova fase”. A declaração foi feita durante o funeral de Fouad Shukur, comandante do Hizbulá, morto em um ataque aéreo israelense em Beirute. Israel confirmou ter realizado o ataque na terça-feira, que resultou na morte de Shukur, um conselheiro militar iraniano e pelo menos cinco civis. Tel Aviv alegou que Shukur estava por trás de um ataque com foguetes que atingiu um campo de futebol nos Altos do Golã, matando 12 crianças. Hizbulá negou repetidamente a responsabilidade pelo ataque.
Os assassinatos consecutivos têm aumentado os temores de uma escalada para uma guerra de maiores proporções, deixando a região em estado de alerta para possíveis represálias por parte do Irã e seu aliado Hizbulá. O Irã já prometeu retaliações contra Israel pelo ataque que matou Ismail Haniyeh na quarta-feira em Teerã.
Embora Israel não tenha reivindicado a responsabilidade pelo assassinato de Haniyeh, as suspeitas rapidamente recaíram sobre Tel Aviv. Comentários recentes do porta-voz militar israelense, contra-almirante Daniel Hagari, não negaram categoricamente o envolvimento de Israel no incidente, contribuindo para as tensões crescentes.
O apelo de Blinken para evitar uma escalada do conflito e buscar um cessar-fogo imediato é visto como uma tentativa de prevenir um agravamento que possa levar a uma guerra em larga escala. A situação no Oriente Médio continua volátil, com os recentes eventos aumentando a pressão sobre todas as partes envolvidas para encontrar uma solução pacífica.
A comunidade internacional observa com apreensão o desenrolar dos acontecimentos, ciente de que qualquer erro de cálculo pode resultar em consequências devastadoras para a região e além. Enquanto isso, a diplomacia continua a ser a única esperança de evitar uma catástrofe humanitária ainda maior.
Fonte: Euronews