Dois soldados do Exército Brasileiro divulgaram fotos fazendo gestos associados a uma facção criminosa do Rio de Janeiro que também atua no Amazonas. O fato veio à tona nesta sexta-feira, 23 de agosto, pelo G1 e outros jornais.
Nas imagens, feitas dentro do quartel do Exército de Manaus (AM), os militares vestem uniforme e usam balaclavas para cobrir o rosto.
Apesar de o fato ter ganhado notoriedade na sexta, as fotos começaram a circular em grupos de Whatsapp já na noite de quinta-feira, 22 de agosto.
O G1 procurou o Comando Militar da Amazônia para perguntar sobre a ocorrência e, em nota, o órgão afirmou ter tomado conhecimento do caso e que será instaurado IPM (Inquérito Policial Militar) pra apurar a conduta dos militares e possíveis punições.
“Reafirmamos que qualquer conduta incompatível com os princípios e valores das Forças Armadas será tratada com o máximo rigor. Todas as medidas disciplinares e legais cabíveis serão adotadas, visando assegurar o cumprimento da lei, bem como a manutenção da ordem e da disciplina militar”.
Este é o segundo fato, em uma semana, que depõe contra a imagem das Forças Armadas. O primeiro, revelado na sexta, mostra a ligação entre a empresa dona do avião do PCC apreendido pela Polícia Civil em São Paulo e contratos de quase R$ 17 milhões com Exército e Aeronáutica, além de Polícias Militares de 3 Estados.
Divulgada no dia 16 de julho, a nova edição da pesquisa A Cara da Democracia mostrou aumento da confiança dos brasileiros nas Forças Armadas, depois de uma queda drástica nos últimos.
Os entrevistados que dizem confiar muito na Marinha, Exército e Aeronáutica passaram de 20% em 2023 para 22% em 2024. Os que dizem confiar mais ou menos caíram de 33% para 32%. Os que dizem confiar pouco permanecem em 15%. Já os que não confiam passaram de 30% para 29%.