A investigação contra um militar das Forças Armadas que postou mensagens no X (antigo Twitter) pedindo a morte do presidente Lula foi arquivada pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
De acordo com a Veja, que divulgou a informação nesta segunda-feira, 19 de agosto, por meio da coluna Radar, o motivo do arquivamento é que as próprias Forças se anteciparam e puniram o homem. Segundo a publicação, ele teria sido afastado do cargo.
Marinha campeã de em abertura de processos administrativos contra militares “rebeldes”
Em julho deste ano, um levantamento da coluna Lauro Jardim, de O Globo, mostrou que as Forças Armadas abriram 10 procedimentos administrativos pra apurar responsabilidade pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos 3 Poderes da República foram invadidas e depredadas.
Com 7, dos 10 procedimentos, a Marinha foi a campeã na modalidade. Três desses procedimentos resultaram em prisão rigorosa, outros 3 em prisão simples e 1 em repreensão.
O Exército informou que concluiu 3 inquéritos policiais militares relacionados aos atos contra instituições democráticas. Esses inquéritos foram encaminhados ao MPM (Ministério Público Militar).
Já a Aeronáutica informou que não instaurou nenhum procedimento.
X fecha sede no Brasil e acusa Moraes de ameaça
E por falar na X, a rede social anunciou no último sábado, 17 de agosto, o fechamento do escritório da empresa no Brasil após descumprimento de uma suposta decisão do ministro Alexandre de Moraes.
A veracidade do despacho não foi confirmada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Segundo a X, a empresa se negou a bloquear perfis e contas no contexto de um inquérito da Polícia Federal que apura obstrução de investigações de organização criminosa e incitação ao crime.
Além disso, o STF teria enfrentado dificuldades para localizar e intimar o representante do X no Brasil, o que, segundo a rede social, levou Moraes a determinar a prisão da representante e multa de R$ 20 mil dia.
O setor para assuntos globais da X afirmou que o serviço continua disponível para a população do Brasil e que a decisão de encerrar as operações no Brasil foi para “proteger a segurança” de sua equipe.