José Placídio dos Santos, coronel da reserva, foi condenado a 4 meses de prisão em regime aberto por hostilizar o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
A decisão, tomada pela juíza Flávia Ximenes Aguiar de Sousa, aconteceu na quarta-feira, 28 de agosto, e foi divulgada nesta quinta-feira, 29 de agosto, primeiramente pelo jornal Gazeta do Povo.
Santos chamou Olsen de “prostituta do padrão” em postagem na rede social X (antigo Twitter), que pode sair do ar no Brasil se Musk não cumprir as ordens de Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).
“Marinha do Brasil! Sai um heroi patriota, entra uma prostituta do ladrão, com o devido respeito a elas. Venha me punir, Almirante, e me distinga em definitivo da sua estirpe”.
Além de hostilizar Olsen, a publicação de Santos durante os atos invocou as Forças Armadas a “entrarem no jogo” de invasão e depredação das sedes dos 3 Poderes.
“Brasília está agitada com a ação dos patriotas. Excelente oportunidade para as FA entrarem no jogo, desta vez do lado certo. Onde estão os briosos coroneis com a tropa na mão”.
Em outra postagem, o coronel provocou o general Júlio César de Arruda, então comandante do Exército, exonerado 2 semanas depois.
“General Arruda, o Brasil e o Exército esperam que o senhor cumpra o seu dever de não se submeter às ordens do maior ladrão da história da humanidade. O senhor sempre teve e tem o meu respeito, força”.
O militar foi condenado no mesmo dia em que Tomás Paiva, atual comandante do Exército, autorizou a abertura de inquérito contra 2 coroneis da ativa e 2 da reserva por terem participado da redação de uma carta com viés golpista.