O Exército abriu nesta terça-feira, 27 de agosto, um inquérito policial militar para investigar 4 coroneis, sendo 2 da ativa e 2 da reserva, autores de uma carta que tentava pressionar o Comando do Exército a dar um golpe de Estado no Brasil.
Os coroneis da ativa são Alexandre Castilho Bitencourt da Silva e Anderson Lima de Moura. Já os coroneis da reserva são Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo Cardoso.
A informação foi divulgada pela coluna de política do Estadão.
A investigação é resultado de sindicância aberta pelo comandante da Força Terrestre, Tomás Paiva, pra apurar quais oficiais escreveram e assinaram o documento de teor golpista divulgado em novembro de 2022.
De acordo com o Estadão, o Exército concluiu que 37 militares ao todo tiveram algum tipo de participação na carta. Quatro escreveram o texto e outros 33 assinaram.
Apesar de todos terem sido alvos de processos disciplinares, 11 se safaram por justificativas razoáveis e outros 26 foram punidos com penas que variaram de advertência à detenção.
Já os 4 coroneis serão investigados formalmente porque a sindicância aberta pelo comandante do Exército concluiu que há possível crime militar. Segundo oficiais ouvidos reservadamente pela publicação paulista, eles teriam cometido transgressão disciplinar.
Os 26 punidos são 12 coroneis, 9 tenentes-coroneis, 1 major, 3 tenentes e 1 sargento.
Por lei e por força de regulamento próprio, militares são proibidos de se manifestar coletivamente, seja sobre atos de superiores, em caráter reivindicatório ou por motivo político.
Por meio de nota, o Exército confirmou as informações.
“A sindicância apurou haver indícios de crime na ação investigada e, em função disso, o Comandante do Exército determinou a instauração de Inquérito Policial Militar, onde se encontram inicialmente citados quatro militares, todos já arguidos na sindicância”.