Você sabia que as Forças Armadas Brasileira receberam uma oferta incrível de armamentos dos Estados Unidos? Aviões de caça, carros de combate e fragatas estão entre os itens oferecidos, prometendo impulsionar a Marinha do Brasil e o Exército elevando a capacidade militar do país. Mas o que realmente está por trás dessas negociações e quais são os impactos para a nossa defesa?
O arsenal surpreendente dos EUA para o Brasil
O Brasil recebeu uma oferta impressionante dos Estados Unidos. O arsenal incluía aviões de caça, carros de combate e fragatas. Este acordo foi realizado através do programa FMS (Foreign Military Sales), uma forma de assistência de segurança que os EUA oferecem a países aliados. marinha do brasil
O FMS é uma sigla para Foreign Military Sales, que significa Vendas Militares Estrangeiras. Conforme a lei norte-americana, é um programa de assistência de segurança onde os Estados Unidos vendem armamentos para países aliados. Esse processo ocorre quando o Presidente dos EUA considera que a venda fortalecerá a segurança nacional e promoverá a paz mundial. Importante destacar que não há envolvimento de empresas fabricantes de armamentos. Os acordos são feitos diretamente entre o governo dos EUA e o governo do país interessado.
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Equipamentos militares em reserva para emergências extremas, como uma Terceira Guerra Mundial
Atualmente, 189 países e organizações internacionais são elegíveis para participar do FMS. Todos os equipamentos vendidos através deste programa são usados, oriundos das forças armadas dos Estados Unidos. Eles são retirados de serviço quando as forças armadas dos EUA adquirem novos armamentos de última geração para substituí-los, mas não são considerados obsoletos. marinha do brasilmarinha do brasil
Esses equipamentos militares são colocados em reservas para serem utilizados em casos de emergência extrema. Por exemplo, em uma eventual terceira guerra mundial, onde a demanda por equipamentos pode superar a capacidade industrial de produção. Assim, os armamentos ficam armazenados em grandes depósitos de armas, como o Sierra Army Depot, na Califórnia.
Vantagens do FMS para o Exército e a Marinha do Brasil: equipamentos podem custar 10% do valor original ou até mesmo sairem gratuitos
A grande vantagem do FMS é o preço dos equipamentos. Como são usados, custam no máximo 30% do valor de um equipamento novo de fábrica. Em muitos casos, os preços podem ser ainda menores, chegando a 20%, 10% ou até mesmo gratuitos. A única exigência é que, caso o país comprador queira modernizar os equipamentos, deve contratar uma empresa dos Estados Unidos para realizar o serviço. Por isso, o FMS é uma alternativa atrativa para forças armadas com orçamentos limitados.
Para o Brasil, adquirir equipamentos usados dos Estados Unidos pode ser uma solução, mesmo sendo um país com grande estatura geopolítica e econômica. Os orçamentos de Defesa brasileiros são enxutos, representando pouco mais de 1% do PIB. Isso força as forças armadas do Brasil a considerar compras de equipamentos usados de potências estrangeiras para não perder capacidades de combate. O FMS pode ser vantajoso, como no caso dos 60 obuseiros autopropulsados M109 A5 recebidos em 2017. Este equipamento colocou a artilharia autopropulsada brasileira em outro patamar.
Lista poderosa continha fragatas da classe Oliver Hazard Perry, que poderiam cobrir lacunas até a entrega das fragatas Tamandaré da Marinha do Brasil
Em 2018, durante os governos de Donald Trump nos EUA e Michel Temer no Brasil, o governo americano enviou uma correspondência ao Ministério da Defesa do Brasil. A lista continha poderosos equipamentos militares que poderiam ser adquiridos via FMS. Entre eles, fragatas da classe Oliver Hazard Perry, caças F-15 C/D Eagle e F-16 C Fighting Falcon, e helicópteros Black Hawk. marinha do brasil
Essas fragatas interessaram à Marinha do Brasil, pois poderiam cobrir lacunas até a entrega das fragatas Tamandaré. No entanto, a oferta foi recusada devido ao desgaste e à complexidade dos sistemas propulsores dessas fragatas. Para a Força Aérea, as ofertas mais interessantes incluíam 135 caças F-15 C/D Eagle e 112 caças F-16 C Fighting Falcon. Em 2013, a FAB planejou visitar os EUA para avaliar células estocadas de F-16 no Arizona, com o objetivo de selecionar aeronaves para substituir os Mirage 2000 e parte da frota de F-5 e A-1.
Força Aérea Brasileira (FAB) ficou de olho nos caças F-15 C/D Eagle e F-16 C Fighting Falcon, e helicópteros Black Hawk.
A FAB estava interessada em modelos F-16 das versões C/D Block 40/42, construídas na época da Guerra do Golfo. Essas aeronaves poderiam ser modernizadas e ainda teriam vida útil significativa. Contudo, com a vitória do F-39 Gripen, a ideia foi abandonada. Além disso, havia helicópteros Black Hawk na lista, mas as forças armadas brasileiras já tinham um contrato para 50 helicópteros EC 725 Caracal, produzidos no Brasil pela Helibras.
Entre as opções de helicópteros, também havia 35 Bell AH-1 Cobra. Eles poderiam proporcionar ao Exército Brasileiro uma nova capacidade, ou até mesmo ser utilizados pelo Corpo de Fuzileiros Navais. No entanto, a oferta foi recusada devido ao desgaste das unidades, que já tinham 30 anos de operação. Fuzis M-16 e carabinas M-4 também estavam disponíveis, mas comprar armamentos de segunda mão não fazia sentido, já que são relativamente baratos e o Brasil é fabricante.
Carros de combate M1A1 Abrams: A oferta que colocaria o Exército Brasileiro ao lado do Chile como potência militar na América do Sul
Blindados 4×4 HUMMVE foram oferecidos, e poderiam ser vantajosos caso o Exército Brasileiro decidisse adquirir grandes quantidades. Em 2018, o Exército comprou 16 blindados Lince 4×4 usados do Exército Italiano, ao custo de 170.000 euros cada. Já um Hummve usado dos EUA custaria muito menos. A Argentina aproveitou a oferta e adquiriu os HUMMVE. Posteriormente, o Exército Brasileiro comprou mais 32 blindados Lince novos.
A oferta mais interessante para o Exército Brasileiro foi dos carros de combate M1A1 Abrams, com canhões de 105mm ou 120mm. A versão com canhão de 120mm seria a mais vantajosa, colocando o Brasil ao lado do Chile com o carro de combate mais poderoso da América do Sul. Esses Abrams, construídos na década de 1980, poderiam ser modernizados e recebidos a um custo irrisório comparado a um novo. No entanto, a manutenção deles precisaria ser feita nos EUA, devido ao sistema propulsor complexo.
Essa proposta interessou bastante ao Corpo de Fuzileiros Navais, que poderia adquirir até 24 unidades. Este interesse permanece dentro do programa Pró Adsumus.