A Itaguaí Construções Navais (ICN) alcançou um marco importante na construção do Submarino Tonelero. Este submarino é o terceiro navio de propulsão diesel-elétrica do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). A bem-sucedida flutuação operacional do Tonelero representa o cumprimento do marco J6, um avanço significativo na navegação que prepara o submarino para desafios futuros ainda maiores em seu desenvolvimento.
A manobra de flutuação operacional, conhecida como J6, é um dos marcos industriais mais críticos no processo de construção de um submarino. José de Andrade e Silva Neto, Líder das Saídas de Mar da ICN, destacou a importância desse marco ao explicar que ele concede autonomia ao submarino em relação ao estaleiro. Com a conclusão do J6, o Tonelero não dependerá mais do Main Hall, podendo atracar no Cais 12 e operar de maneira independente, utilizando apenas seus próprios sistemas.
Geração de energia a bordo com autonomia
A conclusão dessa fase permite que o submarino se mova com autonomia, preparando-o para os próximos marcos: J5 e J7. O marco J5 marca o início da operação dos motores Diesel Geradores, um passo essencial para a geração de energia a bordo. Já o J7 é o ponto em que o submarino ganha autonomia completa em termos de propulsão, garantindo que ele possa navegar na superfície de maneira independente.
Preparação para os próximos desafios: J8 e J9 que envolve imersão estática
Com a conclusão dos marcos J5 e J7, o próximo passo crítico será o J8, que envolve a imersão estática. Esta etapa é fundamental para verificar a estabilidade do submarino, uma condição essencial para sua operação segura no mar. Durante o J8, será possível alinhar a capacidade de carregamento das baterias com a habilidade do submarino de permanecer submerso e de navegar de forma independente, assegurando sua estabilidade.
A previsão para a primeira saída ao mar, correspondente ao marco J8, é para outubro. Este marco permitirá verificar a capacidade do submarino de operar de maneira independente na superfície. Em novembro, o Tonelero deverá atingir a navegação independente na superfície, marcando o início de uma nova fase operacional para o navio.
Expectativas para o futuro: navegação do submarino na superfície
A combinação dos marcos J6, J7, e J8 culminará na realização do J9, que consiste na navegação independente na superfície. Este marco final está planejado para ocorrer até o final do ano e será um testemunho da competência técnica e operacional do submarino Tonelero. Segundo José de Andrade e Silva Neto, a conclusão bem-sucedida desses marcos não apenas assegura a capacidade do submarino de operar de maneira autônoma, mas também demonstra o compromisso da ICN com a excelência no desenvolvimento naval.
Com a finalização dessas etapas, o Submarino Tonelero estará pronto para enfrentar os desafios do ambiente submarino, operando com total autonomia e segurança. O PROSUB continua a avançar, colocando o Brasil na vanguarda da tecnologia de defesa marítima, e o Tonelero é um exemplo brilhante desse progresso.