O Mar Negro está novamente no centro das atenções globais, com um aumento significativo na atividade militar russa e uma resposta intensificada por parte da OTAN. Nas últimas horas, a Rússia reposicionou aproximadamente 25 navios de guerra a partir do porto de Novorossijsk, uma movimentação que tem levantado preocupações sobre um possível novo ataque marítimo por parte de Moscou. De acordo com informações de fontes de inteligência abertas (OSINT) e dados de geolocalização, essas embarcações foram deslocadas, sugerindo uma manobra estratégica em andamento.
A ação russa não passou despercebida pelas forças ocidentais. Satélites capturaram imagens da frota russa deixando o porto, com cerca de 25 das principais embarcações de combate de superfície se dirigindo para o mar. Embora as condições meteorológicas dificultassem uma contagem precisa, essa foi a maior saída de navios russos desde junho, quando diversas unidades foram transferidas para o Mar de Azov. O contexto atual sugere que Moscou pode estar se preparando para um novo capítulo na guerra em curso na região.
Além da movimentação naval, há um notável aumento na atividade aérea da OTAN na área. Nos últimos três dias, foram detectados vários aviões de reconhecimento e patrulha sobrevoando o Mar Negro. Entre eles, o Boeing RC-135W Rivet Joint da Força Aérea Real britânica, que decolou da base de Waddington, no Reino Unido, e atualmente está operando no espaço aéreo da Romênia, próximo ao Mar Negro. Este tipo de aeronave é frequentemente associado a missões de inteligência intensiva, o que indica um monitoramento rigoroso da situação pelos aliados ocidentais.
Outro avião em operação na área é o Boeing P-8A Poseidon da Marinha dos Estados Unidos, que voa sobre a costa da Romênia. Essa aeronave de patrulha marítima, que partiu da base da OTAN em Sigonella, na Sicília, desempenha um papel crucial na detecção e rastreamento de submarinos, além de monitorar atividades de superfície. A presença contínua desses aviões sugere que a OTAN está de olho em possíveis movimentações submarinas russas na região.
A Turquia também está envolvida na vigilância do Mar Negro. Um avião ATR C-72-600TMPA da Marinha turca foi avistado operando ao largo da costa do Bósforo. Este avião, equipado com avançados sistemas de radar e sensores eletro-ópticos, é projetado para missões de guerra antisubmarino e vigilância eletrônica. A presença dessas aeronaves em pontos estratégicos do Mar Negro demonstra a preocupação crescente com as intenções russas.
Essas movimentações ocorrem em meio a especulações de que a Rússia poderia estar planejando retaliações pelo recente ataque ucraniano em Kursk. Enquanto os navios russos se movem nas águas do Mar Negro, a presença de aviões-espiões ocidentais nos céus da região sugere uma preparação para uma possível escalada no conflito.
O Mar Negro, assim como o Mar de Azov, tornou-se um campo de intensa disputa, com forças ocidentais e russas se preparando para potenciais confrontos. A vigilância rigorosa por parte da OTAN reflete a preocupação com os possíveis desdobramentos das ações russas, que podem ter implicações sérias para a segurança da região.
O futuro das operações militares no Mar Negro permanece incerto, mas as recentes atividades sugerem que a calmaria observada nos últimos meses pode estar prestes a ser substituída por uma nova onda de conflitos. As próximas semanas serão cruciais para determinar o rumo da guerra no leste europeu.
Com informações de: Lastampa