Los Alamos, conhecido como o berço da bomba atômica dos Estados Unidos, criada sob o Projeto Manhattan liderado por Robert Oppenheimer, está novamente no centro das atenções. Um estudo recente da Northern Arizona University revelou algo preocupante: os níveis de plutônio na região são alarmantemente altos, comparáveis aos encontrados em Chernobyl, palco de um dos maiores desastres nucleares da história.
De acordo com o Guardian, concentrações extremas de plutônio foram detectadas no solo, plantas e na água ao redor de Los Alamos, uma área no Novo México que foi um ponto crucial no desenvolvimento de armas nucleares dos EUA. Essa descoberta faz parte de uma pesquisa liderada pelo cientista Michael Ketterer, que identificou níveis de plutônio entre os mais altos já encontrados em uma área de acesso público nos Estados Unidos. Essa revelação chocante lança luz sobre os perigos ainda presentes na região, décadas após o auge da corrida nuclear.
Altos níveis de plutônio revelam o legado nuclear não resolvido dos EUA em Los Alamos
De acordo com o Guardian, concentrações extremas de plutônio foram detectadas no solo, plantas e na água ao redor de Los Alamos, uma área no Novo México que foi um ponto crucial no desenvolvimento de armas nucleares dos EUA. Essa descoberta faz parte de uma pesquisa liderada pelo cientista Michael Ketterer, que identificou níveis de plutônio entre os mais altos já encontrados em uma área de acesso público nos Estados Unidos. Essa revelação chocante lança luz sobre os perigos ainda presentes na região, décadas após o auge da corrida nuclear. Historicamente, entre a década de 1940 e 1963, o Laboratório Nacional de Los Alamos descartou resíduos radioativos em um cânion próximo, que mais tarde ganhou o apelido de Cânion Ácido devido à sua intensa contaminação. Apesar dos esforços de remediação liderados pela Comissão de Energia Atômica e pelo Departamento de Energia dos EUA, que investem pelo menos US$ 2 bilhões para limpar a área, o legado radioativo permanece.
Los Alamos transformou a área em uma trilha popular para ciclistas
Após o processo de limpeza, a terra foi liberada para o Condado de Los Alamos, que transformou o local em uma trilha popular para ciclistas, caminhantes e corredores. No entanto, mesmo com altos níveis de plutônio, Ketterer afirmou que o perigo imediato para os usuários da trilha é baixo. Contudo, ele alertou que os riscos ambientais a longo prazo são significativos. A contaminação por plutônio pode infiltrar-se nos suprimentos de água, potencialmente contaminando o Rio Grande, e entrar na cadeia alimentar por meio de plantas. Além disso, em caso de incêndio florestal, o plutônio pode ser amplamente disperso como cinzas, ampliando o alcance da contaminação.
Defensores pedem alertas após descoberta de altos níveis de plutônio
A revelação sobre os níveis de plutônio em Los Alamos despertou preocupação entre defensores da saúde pública, que pedem ao governo que instale placas de aviso para informar os visitantes sobre a contaminação. Dessa forma, as pessoas poderiam tomar decisões informadas sobre o uso da trilha. Tina Cordova, do Tularosa Basin Downwinders Consortium, destacou que essas descobertas servem como um lembrete claro dos desafios radioativos de longo prazo enfrentados pelo Novo México.
Plutônio persistente e minimizando os riscos pelo Departamento de Energia dos EUA
Cordova enfatizou que a presença persistente de plutônio, que possui uma meia-vida de 24.000 anos, reflete um terrível legado deixado pela bomba Trinity, que foi notavelmente ineficiente e deixou para trás uma quantidade substancial de plutônio não fissionado. Isso aponta para o fato de que os perigos nucleares de Los Alamos ainda estão longe de serem eliminados, e que a área continua a representar uma ameaça significativa para o meio ambiente e a saúde pública.
Departamento de Energia dos EUA minimiza os riscos, afirmando que os níveis de plutônio detectados em Los Alamos são muito baixos e bem dentro da faixa de exposição segura. O Escritório de Campo de Gestão Ambiental de Los Alamos também argumentou que as preocupações levantadas por Ketterer e pela Nuclear Watch são consistentes com dados públicos há anos e que o cânion permanece seguro para uso irrestrito.